Igor Bigu é roqueiro de outros carnavais em Belo Horizonte. Cofundador, músico e produtor do bloco Alcova Libertina, ele marcou presença no BloCast98 e contou como foram as primeiras mobilizações do grupo e como o Alcova se consolidou como um dos blocos mais famosos da cidade, além é claro da mistura entre folia e rock and roll.
“Por volta de 2010 a gente tinha um ateliê de arte que se chamava Alcova Libertina e vários artistas de BH passavam por lá, incluindo músicos. A programação era de segunda a segunda com saraus, muita coisa legal, a gente tinha um estúdio improvisado”, explica Igor sobre o espaço que ficava na Praça Duque de Caxias.
Segundo conta, a partir da percepção de que muitos músicos passavam o Carnaval em BH, e especificamente no Santa Tereza, os integrantes do ateliê resolveram se mobilizar. “Pensamos, vamos ver se tem uma demanda aí, sabe? A galera tá querendo mesmo fazer alguma coisa por aqui também. Até então, a gente deitava nas avenidas aqui no carnaval, no meio da avenida não tinha nada”, relembra.
O Bar do Bolão teve papel fundamental no primeiro ato do Alcova Libertina. “Foi então que a gente bateu lá no Bolão da praça [Duque de Caxias] mesmo e falou: ‘vocês têm uma tomada aí para gente colocar um som aqui fora?” O pessoal do bar respondeu ‘temos, mas vamos fechar, não vamos ficar abertos não'”, conta Igor.
“Era domingo e a gente fez esse experimento. Para a nossa surpresa, nesse dia quase 2 mil pessoas estavam lá e aí o Bolão abriu de novo e começou a vender. A partir de então, a cada ano o movimento foi ficando maior e maior. Depois o Alcova teve que sair ali do bairro, ficou muito grande, até que em meados de 2015 a gente foi para a Andradas”, explica.
Igor ainda lembra que o Alcova foi o primeiro bloco de BH a colocar um trio elétrico na rua logo que perceberam o tamanho do público interessado. “Nós pensamos: ‘vamos colocar um trio aqui nessa cidade? Vamos’. Foi o primeiro trio, a primeira ideia de trio que teve aqui foi a nossa, sabe? Então, depois disso, o pessoal, ‘ó, dá para fazer mesmo, né?'”.
BloCast 98 – Enchendo a Boca para falar do Carnaval de BH
Com apresentação de Leandro Nassif e Beatriz Pinho, o BloCast 98 reúne em episódios temáticos nomes que já são figurinha carimbada na folia belo-horizontina. Por meio de bate-papo descontraído, convidados e apresentadores discutem, analisam e celebram o renascimento da folia em BH. Tem Banda Mole, Escolas de Samba, Então, Brilha!, Praia da Estação, Insanidade, Alcova, Xá de Cana, Estação Carnaval, CDL/BH e muito mais esperando por você.
Lembra daquela máxima: ‘a gente podia sair pelado em BH no carnaval, já que não tinha ninguém nas ruas’? Pois bem, é passado.
Com expectativa de receber cerca de 6 milhões de pessoas em 2025, a folia na capital mineira rende assunto ‘de outros carnavais’. O protagonismo das escolas de samba e blocos pioneiros, a desordem criativa e tantas outras camadas da folia em Belo Horizonte são abordadas ao longo dos episódios, tudo isso do jeito que só a 98 faz.
Quer mais? O BloCast 98 também convida especialistas em saúde e alimentação para garantir que os foliões mais intensos ‘sobrevivam’ aos dias de festa, além de falar da economia criativa que gera muita grana na cidade. É conteúdo que não acaba mais. E é por isso que no BloCast 98 a turma enche a boca para falar do Carnaval de BH. Veja abaixo os episódios já disponíveis:
EP 1 – Carnaval das Multidões
Ep 2 – Carnaval além dos Blocos
Ep 3 – Manual de Sobrevivência no Carnaval de BH
EP 4 – Carnaval para todo mundo em BH
EP 5 – Carnaval e economia em BH
EP 6 – Carnaval do Rock em BH
O BloCast também está no Spotify, no TikTok e em todas as redes sociais da 98, então nos vemos por aí!