CCBB BH 12 anos: show de Marina Lima e exposição dos anos 1980 gratuitos

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Marina Lima fará show no CCBB BH; uma de suas músicas dá nome à exposição comemorativa (Foto: Divulgação + Andreza Miranda/Rádio CDL FM)

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O CCBB BH celebra 12 anos de existência na capital mineira, nesta quarta–feira (27/8), e convida Marina Lima para um show gratuito de comemoração. A celebração se estende com a estreia da exposição “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil”, disponível de 27 de agosto até 10 de novembro, com entrada gratuita.

O show da artista será às 20h no Teatro I, com um repertório marcado por grandes sucessos como “À Francesa”, “Charme do Mundo” e “Fullgás”. Os ingressos gratuitos ficarão disponíveis na data do evento, a partir das 18h, na bilheteria do CCBB BH (sujeito a lotação). Serão liberadas 2 entradas por pessoa.

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A partir das 10h desta quarta–feira, ficará aberta ao público a exposição “Fullgás”, nas galerias do 3º andar e no pátio do local. Para visitar é necessário retirar o ingresso gratuito no site ou na bilheteria do centro cultural. A programação seguirá no domingo, com uma festa gratuita e aberta a todos. A Matinê do CCBB promoverá discotecagem, sessão de Lambada e ainda compartilhará um bolo de aniversário.

Fullgás – artes visuais e anos 1980

A mostra reúne cerca de 300 obras feitas por mais de 200 artistas brasileiros de todos os estados e dialogam com símbolos da cultura pop, música, TV, quadrinhos, revistas e política. A exposição fez grande sucesso no Rio de Janeiro e em São Paulo, e desembarca na capital mineira para comemorar os 12 anos do CCBB BH.

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“‘Fullgás’, assim como a música de Marina Lima, deseja que o público tenha contato com uma geração que depositou muito de sua energia existencial não apenas no fazer arte, mas também em novos projetos de país e cidadania. Uma geração que, nesse percurso, foi da intensidade à consciência da efemeridade das coisas, da vida”, disseram os curadores da exposição, Raphael Fonseca, Amanda Tavares e Talisson Melo.

A exposição é dividida em cinco partes, cujos nomes são músicas da década de 1980 – “Que país é este”, “Beat acelerado”, “Diversões eletrônicas”, “Pássaros na garganta” e “O tempo não para”. No pátio, uma banca de jornal com vinis e revistas publicadas na época fazem o público entrar ainda mais no clima da mostra. Ainda, um balão feito por Paulo Paes completa o espaço com clima de festividade.

Abordagem de Fullgás

A mostra abrange os anos 1980 de forma ampla, entendendo que as principais questões da década ocorreram, de fato, entre 1978 e 1993, para além do tradicional marco temporal de 10 anos.

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“Consideramos para a base de reflexões este arco de quinze anos e todas as suas mudanças estruturais e culturais para pensarmos o Brasil: do fim da ditadura militar ao retorno a uma democracia que, logo na sequência, lidará com o trauma de um impeachment”, explicaram os curadores.

A exposição considera a importância da icônica mostra “Como vai Você, Geração 80?”, realizada no Parque Lage, no Rio de Janeiro, em 1984. Algumas obras que estiveram na mostra estão no conjunto exposto no CCBB BH, mas ampliando a reflexão.

Entre os artistas presentes em “Fullgás”, 21 deles são mineiros. Alguns deles são: Adélia Sampaio, Adrianne Gallinari, Ailton Krenak, Ana Horta, Ana Maria Tavares, Eder Santos, Eustáquio Neves, Hélio Coelho, Jader Rezende, Jorge dos Anjos, Jorge Duarte, Marco Paulo Rolla, Patricia Leite, Paula Sampaio e Paulo Amaral.

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Para além das obras de arte, a exposição apresenta elementos da cultura visual da época, como revistas, panfletos, capas de discos e objetos. “Mais do que sobre artes visuais, é uma exposição sobre imagem e as obras de arte estão dialogando o tempo inteiro com essa cultura visual, por exemplo, se apropriando dos materiais produzidos pelas revistas, televisões, rádios, outdoors e elementos eletrônicos”.

Divisão da mostra

‘Que país é este’

Faz uma reflexão sobre o fim da ditadura militar e a passagem para a democracia. “Este núcleo traz questões relativas à política e à economia, debates em torno da Constituição, organização civil, variação das moedas, inflação, além de questões relativas à violência, pensando na herança da década de 1970 e da ditadura militar”, explicam os curadores.

‘Beat acelerado’

Abrange obras e artistas que focaram na nova aceleração do tempo, nos amores efêmeros, no prazer, na paixão pela cor. “Esse título remete ao corpo, à batida do coração, à empolgação, ao frenesi, e está mais em diálogo com artistas associados à pintura e ao desenho, com a comemoração e a negação da austeridade da arte dos anos 1970, que era vista como muito racional”.

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‘Diversões eletrônicas’

Reúne artistas que mergulharam num futurismo típico do momento histórico no qual a TV desempenhou essencial papel, bem como as novas invenções tecnológicas e o desejo pela expansão aeroespacial. “É a experimentação no campo da arte a partir do acesso a determinadas mídias eletrônicas e pela expansão das mesmas – computadores, fotografias, vídeo cassete e walkman, por exemplo”.

‘Pássaros na garganta’

Artistas que observavam mais a natureza e as discussões ecológicas do momento, além de questões relativas à propriedade de terra e as consequências trágicas do capitalismo selvagem. Essa sessão abrange paisagens, como as obras “Lacrima Christie” e “O pranto dos animais II”.

‘O tempo não para’

Examina a passagem do tempo, conectando–se também com o nome da exposição, ‘Fullgás’. “Este núcleo reúne obras que pensam a respeito da finitude e de como há uma discreta melancolia em todos os elogios ao excesso tão atribuídos a essa geração”, explicaram os curadores.

CCBB BH 12 anos

Exposição ‘Fullgás’: 27/8 a 10/11, de quarta a segunda–feira, 10h às 22h
Show de Marina Lima: 27/8 às 20h
Matinê do CCBB: 31/8, de 14h às 19h

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Andreza Miranda

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e produtora multimídia da Rede 98 desde 2024. Foi repórter no Portal BHAZ de 2020 a 2024. Participou de três reportagens premiadas pela CDL/BH (2021, 2022 e 2024); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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