Morreu na madrugada desta segunda-feira (29/9), aos 99 anos, a atriz e comediante Berta Loran, uma das vozes femininas mais marcantes do humor brasileiro. Ela estava internada em um hospital particular em Copacabana (RJ). A informação foi divulgada pela colunista Fábia Oliveira, do Metrópoles.
Causa da morte não foi divulgada
Até o momento, familiares e a instituição hospitalar não informaram a causa da morte. Fontes confirmam que a artista estava internada, mas não há detalhes sobre seu quadro clínico final. Nos últimos anos, Berta adotou uma postura mais reservada e distante da imprensa.
De Varsóvia ao Brasil: a trajetória de Berta Loran
Nascida Basza Ajs, em 23 de março de 1926, em Varsóvia (Polônia), Berta imigrou ainda criança para o Brasil, junto com a família, fugindo das perseguições antissemitas. No Rio de Janeiro, iniciou apresentações na comunidade judaica, ao lado da irmã, na dupla “Berta e Bela Ais”.
Em 1952, estreou profissionalmente no Teatro Carlos Gomes, a convite do maestro Armando Ângelo. No cinema, fez sua primeira participação em “Sinfonia Carioca” (1955), de Watson Macedo, e atuou em várias chanchadas, incluindo Papai Fanfarrão e Garotas e Samba.
Ícone do humor na TV e no teatro
Na televisão, Berta brilhou em programas como “Balança, Mas Não Cai”, “Escolinha do Professor Raimundo”, “Chico City” e “A Festa é Nossa”. Também mostrou versatilidade em novelas, como Amor com Amor Se Paga, e mais recentemente em produções como Cama de Gato, Ti Ti Ti, Cordel Encantado e A Dona do Pedaço, já aos 93 anos.
No cinema, participou de Até que a Sorte nos Separe 2. Em 2016, foi homenageada com o livro “Berta Loran: 90 anos de humor”, organizado pelo produtor cultural João Luiz Azevedo.