História não se compra: sabores e memórias de BH no Matula 98

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História que se serve à mesa. No Matula 98, os sabores e memórias da Cantina do Lucas e do Bar do Zezé, dois ícones de BH. (Foto: Felipe Varoni)

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Um passeio pelos sabores, causos e memórias que moldaram a alma de Belo Horizonte. Esse é o tema do Matula 98 deste sábado (31/5).
O programa recebe dois representantes de verdadeiros templos da nossa cultura e culinária: Antônio Mourão, da tradicional Cantina do Lucas, e Vitor Martins, do lendário Bar do Zezé, ambos ícones quando pensamos nesse dois lugares icônicos de BH.
O papo é tradição, história e de como a gastronomia ajuda a construí-las. Cantina do Lucas e Bar do Zezé em BH são exemplos de como os movimentos urbanos sempre tiveram relações com bares e restaurantes.

Surgimento da Cantina do Lucas

A Cantina do Lucas faz parte da história de BH e dos belo-horizontinos desde 1962. Em seus encantos, grandes histórias e a tradicional e consagrada gastronomia que preserva sempre a essência do sabor e da qualidade.
É dentro do histórico edifício Arcângelo Maletta, lugar da primeira escada rolante de Belo Horizonte, que reside a carismática Cantina do Lucas, único restaurante em Minas Gerais agraciado com a honraria de ser Patrimônio Cultural da cidade.
Lugar de interessantíssimas e curiosas histórias, a Cantina do Lucas contabiliza páginas e páginas na vida capital. Para quem aprecia a história da Cantina do Lucas e do Bar do Zezé em BH, suas mesas são onde a cultura se movimentava, resistia-se à ditadura e as decisões tomadas repercutiam até mesmo na política nacional. Por lá passaram – e ainda passam – formadores de opinião, cineastas, jornalistas, escritores, poetas, músicos, políticos, artistas, advogados e estudantes.
Por toda sua importância, a Cantina do Lucas foi tombada como Patrimônio Cultural da capital mineira, em 9 de dezembro de 1997.
Para quem é apaixonado por gastronomia e história, é imprescindível dar uma passadinha na Cantina e conhecer essa referência cultural e gastronômica da capital mineira. A Cantina do Lucas e Bar do Zezé em BH formam um legado único para quem deseja vivenciar o verdadeiro espírito mineiro. Como já dizia Fernando Brant, um dos compositores do Clube da Esquina:
“Lá se vão os anos, mas o Lucas continua a ser um bar atemporal, em termos de qualidade de comida, da bebida sempre confiável e da atenção e carinho de quem nos serve. É um refúgio para quem gosta da noite e de uma conversa inteligente. Diria mais: é o bar de todos os mineiros, estejam eles na província ou em qualquer outro ponto do planeta. Um lugar de aconchego, para os mineiros universais”.

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Cultura, resistência e história na Cantina

A efervescência cultural dessa época fez da Cantina do Lucas o anfiteatro das grandes discussões em torno da música, do cinema novo, da arquitetura, da literatura e do existencialismo. Cantina do Lucas e Bar do Zezé em BH marcaram essa era.
Frequentadores de nome como Milton Nascimento, assim como Toninho Horta e o resto do pessoal do Clube da Esquina. Isso sem citar os apaixonados pelo cinema, como os diretores Carlos Prates Corrêa e Shubert Magalhães, jornalistas como Ronaldo Brandão e Flávio Márcio e uma infinidade de nomes.

O histórico Bar do Zezé

Criado como mercearia em 1979 por José Batista Martins, o Zezé, e seu irmão – que não ficou muito tempo na sociedade –, temos aqui um clássico! Tão clássico que o bar se confunde com o bairro do Barreiro. A história da Cantina do Lucas e Bar do Zezé em BH é de pura tradição.
A mercearia se tornou bar por insistência dos clientes, que tomavam cerveja no balcão e pediam para que a esposa de Zezé, Alfa (criada numa fazenda em João Monlevade), cozinheira de mão cheia que tocava a mercearia com ele, preparasse tira-gostos.

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Felipe Varoni

Estudante de Publicidade e Propaganda na PUC Minas. Parte da equipe de produto da Rádio 98.

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