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Corredora resgata gato durante meia-maratona e gesto viraliza nas redes sociais

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A corredora e designer Patrícia Aoki Rocco interrompeu o trajeto para salvar um gato que corria risco iminente de atropelamento em plena avenida (Reprodução/@patriciaaokirocco/Instagram)

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Um resgate inesperado marcou uma meia-maratona realizada em Manaus, no Amazonas, e transformou uma prova esportiva em uma história de empatia que ganhou grande repercussão nas redes sociais. A corredora e designer Patrícia Aoki Rocco interrompeu o trajeto para salvar um gato que corria risco iminente de atropelamento em plena avenida.

O episódio aconteceu no 13º quilômetro da prova, realizada na Avenida das Flores, uma via pouco residencial, cercada por áreas de mata e conhecida pelo trajeto íngreme e tecnicamente difícil. Enquanto corria ao lado do marido e de um amigo, Patrícia percebeu um filhote saindo do meio do mato e correndo assustado entre os atletas. As pistas estavam divididas, com duas faixas para os corredores e duas para os carros, e o animal seguia em direção ao tráfego.

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Diante da cena, ela agiu por instinto. “Minha primeira reação foi pegar o gato, porque ele ia ser atropelado. Ninguém conseguiria frear a tempo”, relatou. Antes de tomar a decisão, ela afirma que observou o entorno para verificar se havia casas próximas, o que indicaria que o animal poderia ter dono. No entanto, não havia nenhuma residência na região, apenas vegetação.

Já com o gato nos braços, Patrícia encontrou outro filhote, do mesmo tamanho, que havia sido atropelado e estava morto mais à frente no percurso. “Ali eu tive certeza de que não podia deixar aquele gato ali”, afirmou.

Com a corrida em andamento, a corredora passou a avaliar alternativas. Pensou em chamar um carro por aplicativo e abandonar a prova, ou encontrar alguém da organização que pudesse levar o animal até a área de chegada. Nenhuma das opções foi possível.

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Em um trecho com poucas pessoas além dos corredores e do staff nos pontos de hidratação, Patrícia decidiu seguir até onde conseguisse. “Eu pensei: vou até onde eu aguentar com esse gato, mas não vou deixá-lo no meio da pista”.

Corrida desafiadora

A partir daí, correr deixou de ser viável. O filhote se agitava, miava e estava molhado, tremendo de frio após uma garoa que havia atingido a região. Patrícia, o marido e o amigo passaram a se revezar entre caminhar e trotar com o gato no colo. Em um ponto de hidratação, integrantes do staff ofereceram uma caixa vazia de água, que passou a ser usada para proteger o animal do frio e do balanço excessivo.

O grupo seguiu por cerca de três a quatro quilômetros alternando trechos com e sem a caixa. Já próximo da chegada, o gato foi retirado, e o trio cruzou o pórtico correndo, com o filhote nos braços e a caixa sendo carregada pelo marido de Patrícia. A cena foi registrada em vídeo e rapidamente se espalhou pelas redes sociais.

O filhote, que ainda não tem um nome oficial, foi inicialmente chamado de “Maria das Flores”, porque Patrícia acreditou que fosse fêmea no momento do resgate. Dias depois, ao cuidar do animal com mais calma, percebeu que se tratava de um macho. Desde então, ele vem sendo chamado de Floresberto, Flores ou Mário das Flores, enquanto internautas sugerem novos nomes.

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O gato estava debilitado, machucado, com diarreia, muito magro e com os olhos inflamados, sinais de maus-tratos e da vida nas ruas. Exames descartaram doenças como FIV e FeLV, e o animal já iniciou tratamento. Segundo Patrícia, ele apresenta melhora no peso e no estado geral de saúde, e ainda passará por vermifugação e vacinação.

Histórico de atuação na proteção animal

Apesar da surpresa com a repercussão do vídeo, o resgate não foi um caso isolado na vida de Patrícia. Ela atua há anos na proteção animal e já acolheu mais de 20 animais resgatados, incluindo gatos com deficiências e histórico de maus-tratos.

Atualmente, mantém parte deles em casa e outros em um espaço de acolhimento, onde todos recebem cuidados veterinários, alimentação adequada e acompanhamento contínuo.

“Eu tenho gatos especiais, com problemas neurológicos, gatos amputados e outros que não conseguem mais ser adotados. Existem alguns disponíveis para adoção, porque eles merecem ter um lar, amor e carinho. Mesmo os que ficam no espaço de acolhimento recebem o mesmo tratamento dos que estão na minha casa: acompanhamento veterinário, vermifugação, castração, ração de qualidade, medicação e tudo o que estiver ao meu alcance”, disse ela.

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Larissa Reis

Graduada em jornalismo pela UFMG e repórter da Rede 98 desde 2024. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2022 (2º lugar) e em 2024 (1º lugar).

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