A dívida do Atlético com o Cuiabá referente à negociação do atacante Deyverson ganhou um novo capítulo. O presidente do Cuiabá tornou a publicizar a pendência financeira e adotou uma medida que elevou a disputa para além das instâncias esportivas.
O clube mato-grossense solicitou ao Banco Central que examine as finanças dos bancos controlados por Rubens Menin e Ricardo Guimarães, acionistas da SAF do Atlético. O objetivo do Cuiabá seria verificar a conformidade da situação econômico-financeira desses bancos, relacionando-a ao controle de empresas inadimplentes, citando nominalmente o Atlético.
Igor Assunção, comentarista do 98 Futebol Clube, avaliou a iniciativa do Cuiabá como um “movimento único e exclusivamente midiático”. Embora possa gerar “algum incômodo pessoal aos acionistas da SAF”, “juridicamente isso não tem nenhum tipo de respaldo”.
Ainda segundo informações de Igor, em resposta, o Atlético informou que a disputa está sendo tratada na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF. O clube alvinegro “não nega que tem que pagar o Cuiabá, só que o Atlético discute valores que são cobrados pelo Cuiabá para dar a quitação a essa dívida”.
A situação do Atlético com pagamentos em atraso não se restringe ao Cuiabá. Outros quatro clubes estão na lista: Corinthians (pela compra de Fausto Vera), Curitiba (Natanael), Athletico Paranaense (Cuello), e Botafogo (Júnior Santos). No total, “já são cinco clubes que acusam o Atlético de não quitar a tempo e modo as suas parcelas”.