A disputa pelo comando do futebol brasileiro ganhou um novo capítulo. Na noite desta quinta-feira (15/05), Ednaldo Rodrigues, presidente afastado da CBF, solicitou que não seja acolhido o afastamento proferido pelo desembargador Gabriel Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que o retirou do cargo de comando da entidade máxima do futebol brasileiro. O pedido foi feito no âmbito da ação que julga a legitimidade do Ministério Público em celebrar acordos com entidades esportivas.
Na petição, a entidade requer que, caso o pedido de Ednaldo não seja aceito, a Justiça se baseie no estatuto da CBF, o qual estabelece que o vice-presidente mais idoso deve assumir a presidência em caso de destituição do presidente. Assim, de acordo com o documento, Hélio Menezes assumiria o cargo de presidente da CBF.
Ednaldo Rodrigues também pediu que o desembargador Gabriel Zéfiro, responsável pela sua destituição, seja comunicado com urgência da decisão. Ele solicita ainda que o TJRJ se abstenha de proferir novas decisões que interfiram no poder da entidade. O pedido tem como base a liminar concedida por Gilmar Mendes, em janeiro de 2024, que havia recolocado Ednaldo na presidência da CBF.
Entenda o caso
Ednaldo Rodrigues foi destituído da presidência da CBF, nesta quinta-feira (15/05). O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi o responsável pela decisão. O magistrado promoveu um dos vice-presidentes da entidade, Fernando Sarney, como interventor e determinou que a confederação realize novas eleições o mais rápido possível.
“Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela Corte Superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido por Coronel Nunes”, explicou o magistrado na decisão.
O caso retornou ao Tribunal do Rio de Janeiro por ordem do ministro do STF, Gilmar Mendes, que, no dia 7 de maio, havia negado o afastamento de Ednaldo Rodrigues. Contudo, o ministro determinou que o processo fosse enviado ao TJ-RJ para “apuração imediata e urgente… dos fatos narrados nas petições”. Diante desse cenário, o desembargador tomou a decisão nesta quinta-feira.