O ministro do STF, Alexandre de Moraes, decidiu manter a prisão do general Braga Netto, preso no âmbito das investigações do inquérito da suposta tentativa de golpe de estado.
A decisão do ministro foi tomada nesta quinta-feira (22/5) após parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela manutenção da prisão. Segundo Moraes, a soltura de Braga Netto pode atrapalhar o andamento da ação penal sobre a tentativa de golpe.
O ministro citou o depoimento do ex-comandante da Aeronáutica, Baptista Júnior, concedido na quarta-feira (21/5), que relatou ameaças contra seus familiares.
“A testemunha de acusação afirmou em seu depoimento que o réu Walter Souza Braga Netto foi responsável por orientar militares golpistas a pressionar a testemunha e a sua família, uma vez que o tenente-brigadeiro Baptista Júnior foi contrário ao plano golpista da organização criminosa. Salientou, ainda, que encerrou suas contas em redes sociais, considerando a intensa pressão exercida pelos militares golpistas, orientados por Walter Souza Braga Netto”, justificou o ministro.
Durante as investigações, a Polícia Federal identificou que o general, indiciado por ser um dos principais articuladores da suposta tentativa de golpe, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Após a prisão, a defesa negou que Braga Netto tenha obstruído as investigações.