O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, atingiu um marco histórico em 2025. Nos primeiros seis meses do ano, o terminal registrou o maior volume de passageiros e de cargas já contabilizado para o período desde o início das medições da ANAC, no ano 2000. Foram 6,21 milhões de passageiros e 22,4 mil toneladas de cargas movimentadas — os melhores resultados dos últimos 25 anos.
Para entender os motivos por trás desse crescimento expressivo, o diretor de operações do BH Airport, Rodrigo Cortes, conversou com a 98 News e destacou os principais fatores que transformaram o aeroporto em um novo polo de conectividade e serviços.
Recuperação pós-pandemia e expansão da malha aérea
Segundo Rodrigo, a retomada da economia e a demanda reprimida por viagens após a pandemia foram determinantes. “Depois do isolamento, a cadeia do turismo demorou um tempo até se restabelecer, mas fez com que as pessoas tivessem uma ânsia maior de viajar. Já desde o ano passado, conseguimos retomar patamares superiores aos de antes da pandemia”, explicou.
O diretor também destacou o trabalho de prospecção de novas rotas e ampliação da malha aérea feito pelo BH Airport. “Hoje, temos quase 70 destinos partindo de Confins, o que nos torna o segundo aeroporto do país em número de destinos domésticos — atrás apenas de Viracopos — e o terceiro em destinos totais”, detalhou.
De aeroporto problemático a referência em experiência
Questionado sobre a mudança de percepção em relação ao aeroporto, Rodrigo foi direto: “A concessão foi essencial”. Segundo ele, o terminal passou por uma transformação significativa desde que deixou de ser operado diretamente pelo governo federal.
Antes da concessão, Confins contava com apenas nove pontes de embarque. Hoje, são 26, além de 44 posições remotas. O número de operações comerciais mais que triplicou, com mais de 100 pontos entre alimentação, varejo e serviços.
Cargas: tecnologia, segurança e logística eficiente
O bom desempenho também se refletiu na movimentação de cargas. O terminal logístico de Confins, que funciona como hub multimodal, tem se destacado pela inovação e parcerias estratégicas. O aeroporto recebe até contêineres de cargas marítimas, que são desembaraçadas no próprio local, além de contar com operações rodoviárias e apoio da Receita Federal.
Futuro: mais tecnologia e novas rotas
Os próximos meses prometem ainda mais inovações. Uma nova sala VIP foi inaugurada recentemente, localizada na área pública do aeroporto — uma opção para quem não está embarcando, mas precisa de um espaço para esperar ou realizar reuniões. Além dela, outras quatro estão em funcionamento na área doméstica e uma na área internacional.
Outro anúncio importante é a reabertura, em outubro, do antigo desembarque 1, fechado desde a ampliação do terminal. Com a novidade, o tempo de deslocamento interno será reduzido e a quantidade de esteiras para restituição de bagagem quase triplicará, melhorando ainda mais a experiência dos passageiros.