O domingo de Páscoa agora terá um significado a mais em Belo Horizonte. A data foi instituída no município como o “Dia do Combate à Cristofobia”.
A lei foi publicada nesta quarta-feira (3/9) no Diário Oficial do Município (DOM) e é originária de um projeto do vereador Pablo Almeida (PL), que justificou a necessidade da proposição “pela crescente onda de abusos e ataques contra a fé cristã”.
O texto foi enviado ao Executivo em agosto e, como o prefeito de Belo Horizonte não sancionou nem vetou o projeto em 15 dias úteis, o presidente da Câmara Municipal de BH, Juliano Lopes (Podemos), fez a promulgação da norma.
Segundo Pablo Almeida, o Dia Municipal de Combate à Cristofobia pretende promover a reflexão sobre a “importância do respeito à liberdade religiosa” e de repúdio a qualquer forma de violência.
De acordo com dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Minas Gerais registrou 223 denúncias de violações à liberdade religiosa entre janeiro e agosto de 2025. No âmbito nacional, o Brasil contabilizou 2.472 denúncias em 2024.
Nesse período, as religiões mais afetadas foram a umbanda (151 casos), o candomblé (117), a evangélica (88), a católica (53) e a espírita (36). Em 1.842 registros a crença da vítima não foi indicada.