Damião: BH pode trocar agentes da Guarda por pessoas da ‘própria comunidade’ em postos de saúde

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Medida deve ser implementada até o final do ano, segundo prefeito (Divulgação/PBH)

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O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), anunciou que pretende substituir agentes da Guarda Civil Municipal que atuam nos centros de saúde por profissionais da “própria comunidade”. A proposta, segundo ele, busca melhorar o atendimento em situações de estresse, que seriam a principal causa de conflitos nas unidades.

De acordo com Damião, os guardas não deixarão de cumprir seu papel, mas passarão a atuar de forma mais ampla nos bairros, em vez de permanecer dentro dos postos de saúde. “Não estamos tirando segurança, nós estamos melhorando a segurança em toda a cidade. O guarda vai estar rodando o bairro, em todas as áreas. Precisou dele, é só acionar. Em três minutos o guarda está lá dentro”, afirmou.

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Para o prefeito, a maioria dos problemas registrados nos centros de saúde não tem relação com violência ou criminalidade. “A maior parte, se não todos os casos, é por estresse. Não é roubo. Ninguém vai lá para atacar ou roubar. As pessoas vão porque estão cansadas, levaram a mãe, o filho, e querem atendimento imediato. Na cabeça delas, o caso é sempre prioritário”, disse.

Acolhimento

A ideia, segundo Damião, é preparar pessoas da própria comunidade para lidar com essas situações. “Se eu colocar alguém da comunidade para estar ali, a chance de dar certo é muito grande. Essa pessoa conhece o posto, conhece os médicos, conhece os usuários. É ela que pode chegar e dizer: ‘Ô, seu João, calma, hoje está cheio, espera um pouco, toma um café’”, exemplificou.

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O prefeito ressaltou que a medida ainda será discutida com sindicatos e profissionais da saúde antes de ser implementada. “Não é uma decisão da nossa cabeça. Vamos conversar com médicos, com o sindicato e avaliar os postos. Muitos não têm problema, mas alguns, sim”, observou.

Damião afirmou que estuda incluir esses profissionais comunitários no quadro da Secretaria Municipal de Saúde, para que atuem especificamente no acolhimento de usuários. “Essa pessoa não vai fazer segurança pública, vai trabalhar dentro do posto para ajudar a reduzir o estresse”, concluiu.

A previsão é que a medida seja concretizada até o final deste ano, junto com um pacote de ações voltadas à segurança pública que, segundo o prefeito, vai “melhorar muito a vida do povo de Belo Horizonte”. “Ladrão não vai entrar no nosso município, bombar e ir embora com as portas abertas tranquilamente. Não vai”, afirmou.

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Thiago Cândido

Jornalista pela UFMG. Repórter na 98 desde 2025. Participou de reportagem vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo 2024.

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