BH sob fumaça: saiba como minimizar os impactos das queimadas na saúde

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Além de queimadas que atingem vegetações na capital mineira e na Grande BH, ocorrências de incêndios em pontos urbanos também prejudicam a qualidade do ar (Guilherme Lara/98)

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Quem circula por Belo Horizonte nos últimos dias percebe um incômodo quase que constante no ar: cheiro de fumaça, fuligem e o céu acinzentado em diferentes regiões. Além de queimadas que atingem vegetações na capital mineira e na Grande BH, ocorrências de incêndios em pontos urbanos também prejudicam a qualidade do ar e podem provocar impactos na saúde de pessoas expostas ao “fumacê”.

Nas redes sociais, relatos de moradores não deixam as queimadas e suas consequências passarem despercebidas. “BH pegando fogo de novo, cheiro de fumaça o dia todo”, escreveu uma usuária do X, o antigo Twitter.

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“BH nessa época do ano é uma tristeza. A cidade tá encoberta em fumaça e, no anoitecer, é a hora que mais dá pra notar isso. Tudo cinza”, comentou outro. “Já começaram as queimadas em BH de novo hein? O ar tá só a fumaça e as fuligens entrando pelas janelas…”, publicou um terceiro.

Fumaça aumenta risco de problemas respiratórios

Em Belo Horizonte, registros de queimadas têm se tornado constantes. Na Mata da Baleia, região Leste da capital mineira, um incêndio mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros por quatro dias consecutivos, impactando o funcionamento do Hospital da Baleia e comprometendo a qualidade do ar na região.

A situação não se restringe à capital. Mais de 20 municípios em Minas Gerais estão em alerta de “grande perigo” em relação a baixa umidade do ar. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nessas cidades a umidade relativa do ar deve ficar abaixo de 12%, representando grande risco de incêndios florestais e à saúde, como doenças pulmonares e dores de cabeça.

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O pneumologista Bruno Horta, coordenador do Serviço de Pneumologia do Mater Dei, explica os impactos e reforça cuidados que devem ser adotados pela população. Segundo o especialista, as partículas finas presentes na fumaça e na fuligem penetram profundamente nos pulmões e podem até alcançar a corrente sanguínea.

“Estudos demonstram que a exposição a essas partículas está associada a uma série de problemas respiratórios, incluindo exacerbação dos sintomas em indivíduos asmáticos, aumento da falta de ar em portadores de enfisema e maior suscetibilidade a infecções, como pneumonia”, afirma, em conversa com a Rede 98.

Grupos mais sensíveis

O médico destaca que crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias prévias são os mais suscetíveis aos efeitos do ar poluído. Entre os sintomas que exigem atenção médica estão: falta de ar, tosse persistente ou agravada, chiado no peito, dor torácica e alteração na produção ou na cor do muco. “Esses sinais indicam que a pessoa deve procurar atendimento de imediato”, reforça Horta.

O alerta não se restringe apenas a quem já possui doenças respiratórias. “Há risco de agravamento mesmo para pessoas sem histórico. A exposição a poluentes pode desencadear crises asmáticas, exacerbações em pacientes com DPOC e aumentar o risco de infecções respiratórias”, afirma o médico.

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Como se proteger

Para reduzir os impactos da poluição atmosférica, Horta defende medidas de caráter coletivo. “É fundamental o monitoramento da qualidade do ar, campanhas informativas sobre os riscos e políticas mais rigorosas de controle das queimadas”, conclui.

O pneumologista orienta que, sempre que possível, as pessoas permaneçam em ambientes fechados, usem máscaras na rua e mantenham uma boa hidratação. Sobre o uso de umidificadores, ele pondera: “eles podem ajudar a aliviar a secura do ar, mas devem ser usados com cautela para evitar a proliferação de mofo e ácaros”.

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