Envolvido em dezenas de polêmicas e preso na manhã desta quarta-feira (26/2) por abrigar em casa um foragido da Justiça, o rapper carioca Oruam pautou um Projeto de Lei que foi aprovado pela Comissão de Justiça da Câmara Municipal de Vereadores de Belo Horizonte (CMBH) nessa terça-feira (25/2). A proposta, apelidada de “Lei anti-Oruam”, quer proibir a Prefeitura de Belo Horizonte de contratar shows de artistas que façam apologia a crimes ou facções.
Em conversa com a 98, o parlamentar Vile (PL), autor do projeto, disse que está confiante no avanço da pauta dentro da CMBH. “Acho que esse é um projeto que eu nem precisava apresentar, mas que, infelizmente, no Brasil de hoje, a gente precisa colocar esse tipo de trava no setor público”, disse o vereador.
A pauta ainda será analisada pelas comissões de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo; Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor, além da Comissão de Administração Pública antes de ser votada em primeiro turno na CMBH.
“O pagador de impostos belo-horizontino quer que seu dinheiro vá para saúde, educação, segurança. Quer que o seu dinheiro seja gasto de forma eficiente, para reformar um posto de saúde, uma rua, cuidar das crianças, idosos e autistas e não para financiar quem faz apologia ao crime organizado e facções criminosas, quem quer que seja independente do artista”, acrescentou Vile.
Um projeto semelhante também tramita na Câmara de Vereadores de São Paulo. A vereadora paulista Amanda Vettorazzo (União Brasil) apresentou, no final de janeiro, um projeto de lei que tem como objetivo proibir que a Prefeitura de São Paulo contrate artistas que façam apologia ao crime ou ao uso de drogas.
Ao divulgar a proposta em suas redes sociais, a vereadora escreveu: “Quero proibir o Oruam de fazer shows em São Paulo!” A partir de então, a proposta ficou conhecida como “Lei Anti-Oruam”, em referência ao cantor de trap carioca.