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Brasil terá “calma” para negociar com os Estados Unidos, diz Haddad

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Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou que o governo seguirá nem negociação para tentar reverter a taxa de 25% dos Estados Unidos sobre o aço produzido no Brasil. Ele descartou uma retaliação aos estadunidenses, pelo menos neste momento, por orientação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

“Nós não vamos proceder assim por orientação do presidente da República. O presidente Lula falou muita calma nessa hora, nós já negociamos outras vezes em condições até muito mais desfavoráveis do que essa”, disse Haddad, reforçando que a tarifa sobre o aço importado será prejudicial também para a indústria americana.

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Haddad se reuniu nesta quarta-feira (12) com representantes da siderurgia brasileira, com o objetivo de ouvir as demandas do setor. O ministro classificou os argumentos dos representantes presentes na reunião como “muito consistentes” e negou a acusação norte-americana de que o Brasil exporta aos Estados Unidos aço importado de outros países, numa espécie de revenda.

“A indústria está preocupada e, em virtude da declaração tanto do vice-presidente Alckmin, quanto do presidente Lula, quanto da Fazenda, de que nós vamos tratar na base da reciprocidade os entendimentos, mas colocando em primeiro lugar a mesa de negociação”, disse Haddad, lembrando que essas negociações já estão em andamento e que tiveram sucesso em momentos do passado recente.

Vale lembrar que em 2018 o Brasil conseguiu evitar, durante o primeiro Governo Trump, a sobretaxa sobre o aço ao acordar uma cota de exportação para os americanos.

“Nós estamos acompanhando a evolução das medidas que os Estados Unidos estão tomando contra o Brasil, e na verdade não é contra o País, porque é estendido aos outros países, mas tem repercussão doméstica. Obviamente que essa taxação acaba encarecendo para o consumidor americano os produtos importados”, disse ainda o ministro, que lembrou das repercussões inflacionárias para os Estados Unidos, embora esteja sendo contratada uma redução de juros pelo Fed neste ano. “Então tem uma repercussão ruim também na inflação americana, embora esteja sendo contratada uma redução dos juros esse ano nos Estados Unidos, o que favorece por esse lado”, complementou o ministro da Fazenda.

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