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Correios buscam empréstimo de R$ 20 bilhões para sair da crise e planejam voltar ao lucro em 2027

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Expectativa é que o retorno ao lucro só ocorra em dois anos (Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Os Correios pretendem recorrer ao mercado financeiro para tentar superar uma das piores crises de sua história. O presidente da estatal, Emmanoel Rondon, confirmou nesta quarta-feira (15/10) que a empresa negocia um empréstimo de R$ 20 bilhões, com garantias do Tesouro Nacional, para reequilibrar as contas e normalizar as operações. A expectativa é que o retorno ao lucro só ocorra em 2027.

Segundo Rondon, a operação de crédito será essencial para dar fôlego à estatal nos próximos dois anos, período em que a empresa pretende implementar medidas de contenção de gastos e de modernização administrativa. “O objetivo é reequilibrar a empresa nos anos de 2025 e 2026. Ter tempo de adotar as medidas que começam a impactar em 2026, para em 2027 iniciar um ciclo de balanço no azul”, afirmou o dirigente, durante entrevista concedida na sede dos Correios, em Brasília.

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Entre as ações previstas estão a implantação de um novo Programa de Desligamento Voluntário (PDV) e a venda de imóveis ociosos. O último PDV resultou na saída de 3.500 funcionários e deve gerar uma economia anual de R$ 750 milhões a partir de 2026. A nova etapa, explicou Rondon, será “cuidadosamente planejada”, de modo a não comprometer a capacidade operacional da estatal.

O empréstimo também será usado para quitar dívidas com fornecedores e restabelecer o fluxo de caixa. “Precisamos normalizar a operação e renegociar contratos, para que a gente consiga ter retorno na qualidade dos nossos serviços”, disse o presidente. No primeiro semestre de 2025, os Correios registraram prejuízo de R$ 4,37 bilhões, resultado de uma combinação de despesas crescentes e perda de receitas.

Rondon reconheceu que os Correios não se adaptaram com agilidade às transformações do setor, especialmente após a pandemia, e perderam espaço para concorrentes privados no segmento de encomendas. “A perda de marketshare e de competitividade vem fazendo com que tenhamos queda de receita, o que afeta o caixa e, por consequência, a operação”, afirmou.

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Ainda assim, o presidente se diz confiante na recuperação. “Nosso foco é reconstruir a empresa e criar uma base sólida para que volte a operar com estabilidade e eficiência nos próximos anos”, finalizou.

Com informações de Estadão Conteúdo

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Thiago Cândido

Jornalista pela UFMG. Repórter na 98 desde 2025. Participou de reportagem vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo 2024.

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