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Crise do IOF, alta da inadimplência e mais: especialista aponta dilemas econômicos no Brasil

Por

Roberth R Costa

Roberth R Costa
  • 26/06/2025
  • 14:09

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Economista Gustavo Andrade durante entrevista na 98 News (98 News/Reprodução)

Economista Gustavo Andrade durante entrevista na 98 News (98 News/Reprodução)

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O Congresso Nacional sepultou a proposta do governo Lula que buscava manter a cobrança do IOF sobre transações financeiras. A derrota amplia o cenário de incerteza sobre como o governo federal pretende arrecadar o suficiente para cumprir as metas do novo arcabouço fiscal e manter o equilíbrio das contas públicas.

“Aparentemente não tem muita credibilidade”, resume o economista Gustavo Andrade durante participação na 98 News. Segundo ele, o governo já tenta discutir alternativas, como a Medida Provisória que propõe a taxação de ativos isentos. Mas o momento, avalia, é de desconfiança.

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“A minha maior preocupação é a normalização da mesma taxa de imposto de renda de R$ 17,50 para todos os produtos. Isso é a minha maior preocupação”, afirma.

Na avaliação de Paulo Leite, a questão não é apenas econômica, mas também política. Para ele, a recente derrota do governo escancara a perda de governabilidade.

“O que o governo tem que entender é que equilibrar poderes não é o que fez Lula 1 e Lula 2, trazendo todo mundo para pensar como ele pensava. Equilibrar poderes é entender o que o outro quer também. O governo atual não tem autoridade, ele sofre de egocentrismo”, critica.

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A preocupação com o equilíbrio das contas públicas se mistura com o cenário de endividamento do país. Gustavo Andrade explica o desafio matemático: “Eu pego qual é o valor dos juros que eu pago na minha dívida, sei lá, perto de 11,5%, 12%. Olho para o meu crescimento nominal, que está entre 7% hoje”, disse.

“Dá uns 4%, 4,5% de diferença. Eu pego esses 4,5% e multiplico pelo tamanho da minha dívida, que está beirando os 86%. A gente tem que gerar superávit primários perto de 3,5%, 3,2%, 3,1%. Temos que ir na direção em que esse número seja factível de ser entregue”, comentou.

Segundo ele, a saída não está em criar distorções via arrecadação, mas sim em rever os gastos públicos. Paulo Leite também aponta o esgotamento das tentativas de “empurrar o problema para 2026”.

“A conta está chegando. Dado que a gente aumentou a nossa trajetória de dívida em 10 pontos percentuais desde 2023, o tempo está passando mais rápido mesmo”, alerta Gustavo.

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Dividendos, gastos sociais e o dilema político

Com a derrota do IOF, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a falar em taxar dividendos e cortar gastos sociais. Para Paulo Leite, a proposta contradiz o discurso do governo.

“Esse governo quer cortar aquilo que é a sua origem, o seu gênese? Não há política social implementada nesse país. É um desafio, apostando um milhão contra um real”.

Gustavo também critica a proposta. “O número um é tributar dividendo, tributar lucro de empresa e tributar de maneira mal feita a renda. Me surpreende que o Haddad, depois da derrota que teve ontem, a primeira palavra que ele quis falar foi: ‘Vamos tributar dividendos’. E outra coisa, cortar gastos sociais”.

Para os dois, não há política social verdadeira sem desenvolvimento econômico. “Você não pode fazer política social dentro de gabinete. Políticas sociais são planejadas junto com quem movimenta a economia. Não há política de justiça social maior do que proporcionar renda, emprego e renda. Não tem outra”, diz Paulo.

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Inadimplência em BH dispara e cenário preocupa

Enquanto isso, em Belo Horizonte, o cenário econômico também pesa no bolso da população. A inadimplência subiu 2,81% em maio, com destaque para mulheres e pessoas entre 40 e 64 anos, segundo a CDL (Câmara Dirigentes Lojistas).

“Esse é um belo do indicador antecedente, essa explosão do nível de inadimplência antecede a desaceleração econômica lá para frente”, pontua Gustavo.

Segundo ele, contas básicas e uso indiscriminado do cartão de crédito explicam o problema. “Grande parte da inadimplência acontece pelo peso desproporcional dos gastos discricionários dentro do orçamento familiar, não respeitando a real renda disponível”, avalia.

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Gustavo defende o ensino de educação financeira desde cedo. “Sou um mega entusiasta de propostas estruturantes. Isso tem um ganho impressionante ao longo do tempo. O problema maior está quando eu não tenho poupança construída, aí vou usar o cartão de crédito, que é o dinheiro mais caro”.

Redes sociais e o peso do “querer parecer”

Para Paulo Leite, o comportamento social também alimenta o endividamento. “Só existem influências porque existem idiotas. Projetar sua vida na vida da tela do outro é um transtorno social que devia ser estudado”.

“Eu sou baby boomer, farei 70 anos. Nunca me preocupei com educação financeira. Fui fazer minha primeira planilha de custos com quase 50 anos”, disse Paulo.

Ele defende o ensino de finanças atrelado à formação cidadã. “Educação financeira é ciência humana. Deveria estar de braços dados com princípios de sociologia, para o homem entender o que está fazendo neste planeta”.

Inflação: IPCA-15 mostra alívio pontual, mas preocupação estrutural

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, ficou em 0,26% em junho, abaixo do índice de maio, mas com alta acumulada de 5,27% em 12 meses.

“A média dos núcleos veio em 0,29%, acima da inflação cheia. O que preocupa é que ela está muito disseminada”, alerta Gustavo. Segundo ele, a queda pontual foi puxada por deflação de alimentos e combustíveis, mas os preços de serviços seguem pressionados.

Belo Horizonte também registrou impacto acima da média nacional em itens como energia elétrica, com reajuste de 6,82%. “Chama atenção para caramba isso”, comenta Gustavo.

Ele aponta que, apesar da desaceleração pontual, o Banco Central deve manter os juros elevados. “O relatório de política monetária fala que, a princípio, eu tenho zero espaço para cortar juros”.

Para o economista, o momento exige cautela e vigilância. “Parar de subir juros é uma coisa, começar a cortar juros é outra”.

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