O acordo inédito entre a mineradora Itaminas e a Porto Sudeste para venda direta de minério a compradores internacionais, firmado nessa segunda-feira (7/4), vai permitir aumentar a produção em 8 milhões de toneladas e a geração de empregos imediatos na indústria da mineração em Minas.
A afirmação é do CEO da Itaminas, Thiago Toscano, que vê a parceria como uma oportunidade para o desenvolvimento do setor mineral do estado a partir da negociação direta com possíveis investidores de outros países.
“Esses investimentos preveem a abertura de mais 300 novos empregos imediatos, mais os empregos indiretos gerados durante as obras. Temos a previsão de ter 2 mil pessoas trabalhando na Itaminas durante o período das próximas obras. E no momento em que a gente conseguir atingir essa qualidade do minério, concluir esses investimentos com a abertura do porto, certamente vamos buscar novos mercados”, afirmou Toscano.
Aumento da produção de minério
O CEO destacou ainda que a mineradora garantiu uma licença ambiental para 15 milhões de toneladas, a segunda maior da região no estado, para amplificar a capacidade logística.
“A Itaminas tem hoje uma licença de 15 milhões de toneladas de produção, que é a segunda maior do quadrilátero ferrífero sozinho. Isso significa que vamos produzir este ano, cerca de 8 milhões de toneladas de minério. Então, temos espaço para praticamente dobrar a produção nos próximos 10 anos”, acrescentou Toscano.
Ainda segundo o diretor, o acordo estratégico com a Porto Sudeste vai impulsionar a qualidade do minério para atender indústrias siderúrgicas no processo de descarbonização, e para aumentar a produção da mina localizada no município de Sarzedo, na Região Metropolitana de BH.
Expansão do mercado
Toscano contou ainda que a parceria vai impactar também as empresas internacionais, sejam elas siderúrgicas ou compradores de minério, que agora vão ter a opção de comprar diretamente de mais uma mineradora.
“Essa parceria estratégica supera o problema do acesso aos portos do Brasil, e permite que a Itaminas negocie diretamente com traders e siderúrgicas internacionais. Até então, tínhamos que negociar com outras empresas envolvidas no comércio de minério e de uso de portos”, explicou Thiago Toscano.