Economista avalia decisão do Copom: manutenção da Selic deve ser longa

Por

Rafa Silveira

Siga no

“Parar de subir não significa cortar juros”, alerta economista da 98 News (Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

Compartilhar matéria

Com as expectativas de inflação acima da meta, pressionadas pela demanda elevada, o Comitê de Política Monetária (Copom) prevê um “período prolongado” de manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano. A avaliação consta da ata divulgada nesta terça-feira (24/06) pelo Banco Central.

O economista da 98 News, Gustavo Andrade, analisou o cenário econômico atual. Segundo ele, a defasagem da política monetária explica a decisão do Copom. “O que o Banco Central está fazendo é o seguinte: “Vou parar agora, considerando que meu cenário está se cumprindo, justamente para medir se, ao manter a Selic em 15%, consigo desacelerar a economia. Se isso acontecer, vou acompanhar as expectativas de inflação e, caso elas convirjam para a meta, estarei fazendo um bom trabalho”. Mas é importante ter cuidado: parar de subir os juros é muito diferente de começar a cortar. Isso ainda deve demorar bastante, como o próprio BC deixou claro nos documentos”, destacou.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A recente alta da Selic, de 0,25 ponto percentual — de 14,75% para 15% ao ano — deve, portanto, ser interrompida para que o comitê avalie se o nível atual da taxa, mantido por um período prolongado, será suficiente para garantir a convergência da inflação à meta.

Segundo o Copom, os núcleos de inflação seguem há meses acima do patamar considerado compatível com o cumprimento da meta. Essa situação reforça a avaliação de que a inflação permanece pressionada pela demanda, exigindo uma política monetária contracionista por mais tempo.

“O comitê tem repetido muito duas palavras: flexibilidade e cautela. Isso para conseguir absorver melhor qualquer choque inesperado, seja na economia local, seja na global. Um exemplo são eventuais variações no preço do petróleo, que podem gerar um repasse mais forte para a gasolina ou afetar outros componentes de energia, principalmente alimentos. O Banco Central está se resguardando contra possíveis pressões altistas”, ponderou Gustavo Andrade.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Compartilhar matéria

Siga no

Rafa Silveira

Jornalista formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Durante dois anos, foi produtor e redator do programa 98 Esportes, até migrar, em 2024, para a equipe digital da emissora. Hoje, dedica-se à cobertura do futebol brasileiro e internacional, fazendo do jornalismo esportivo sua grande paixão.

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de Economia

‘Taxa das Blusinhas’ tornou mercado mais competitivo, defende Sindimalhas

Fiemg alerta para impactos dos ‘jabutis elétricos’ na lei das eólicas offshore

Lira dá parecer favorável ao PL que eleva limite da 1ª faixa da tabela do IR a R$ 2.428,80

Dólar no fim de 2025 passa de R$ 5,77 para R$ 5,72, aponta Focus

PIB de 2025 passa de 2,20% para 2,21%, segundo projeção do Boletim Focus

Irã aprova fechamento do Estreito de Ormuz após ataque dos EUA

Últimas notícias

Ex-Galo, Eduardo Vargas acerta rescisão com o Nacional

Flagrado: Fiat Fastback 2026 T200 aparece antes da estreia oficial e mais simples

Defesa Civil mantém suspensão de simulado de rompimento de barragem, mesmo após parecer favorável do MP

Problemas no transporte de malas causa transtorno no Aeroporto de Confins

Mamonas Assassinas 30 anos: as origens do grupo que conquistou o Brasil

Pedro Lourenço revela pedidos de Leonardo Jardim por reforços

Queimadas na Mata Atlântica em MG têm aumento de mais de 260%

Santos e Neymar acertam renovação por mais seis meses

Tarifa do metrô de BH sobe para R$ 5,80 a partir de julho