O vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (07/05), que suspenda acordo homologado pela Corte que manteve Ednaldo Rodrigues na presidência da entidade.
O pedido acontece um dia após a deputada Daniela Carneiro (União Brasil – RJ) solicitar ao STF o afastamento de Rodrigues. A alegação é de fraude no processo do acordo, por suspeita de falsificação da assinatura do ex-presidente da confederação, Antônio Carlos Nunes.
“Fernando Sarney pede que o STF suspenda imediatamente os efeitos do acordo ora impugnado por simulação de negócio jurídico, o que se evidencia pelas provas robustas que demonstram a invalidade jurídica da assinatura do Sr. Antônio Carlos Nunes De Lima”, diz um trecho do documento enviado ao Supremo por Fernando.
Como argumento no pedido ao supremo, Sarney fala de um tumor no cérebro de Coronel Nunes, o que atestaria a incapacidade de gestão do ex-presidente da CBF. Além disso, o documento cita uma procuração pública, de 2023, em que Nunes teria concedido plenos poderes para que outras pessoas fizessem a gestão do seu patrimônio.
O acordo que garantiu a legalidade da permanência de Ednaldo no cargo, foi assinado, em janeiro deste ano, por Rogério Caboclo, Antônio Carlos Nunes, Gustavo Feijó, Castellar Guimarães Neto, pela Federação Mineira de Futebol (FMF) e, inclusive, pelo próprio Fernando Sarney.
A petição de Sarney solicita o encerramento de todos os litígios relativos à legalidade das assembleias que mantiveram o mandatário.
Em nota, a CBF afirmou seu compromisso com a legalidade do processo e que todo o acordo foi conduzido em conformidade com a lei.
“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reitera seu compromisso com a transparência, a legalidade e a boa-fé em todas as suas ações e decisões institucionais”, afirmou a entidade.