Justiça aceita denúncia contra assassino confesso do gari Laudemir, em BH

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O MPMG requereu ainda a fixação de indenização mínima de R$ 150 mil em favor da família de Laudemir (Reprodução/Redes sociais)

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A Justiça aceitou, nesta segunda-feira (15/9), a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e tornou réu o empresário Renê Nogueira Júnior pela morte do gari Laudemir Fernandes, assassinado a tiros em Belo Horizonte em 11 de agosto.

O empresário, de 47 anos, responderá por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo, ameaça e fraude processual. Além disso, o MPMG pediu a fixação de uma indenização mínima de R$ 150 mil em favor da família de Laudemir, valor que poderá ser ampliado na esfera cível.

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Entenda o caso

O crime ocorreu no bairro Vista Alegre, após uma discussão no trânsito provocada pela coleta de lixo. Segundo a denúncia, Renê disparou contra Laudemir, que trabalhava na limpeza urbana, atingindo-o no abdômen. A morte foi imediata.

De acordo com o MPMG, o motivo do assassinato foi fútil. Momentos antes de atirar no gari, o acusado já havia ameaçado disparar contra a motorista do caminhão de coleta. Além disso, ele portava ilegalmente uma pistola calibre .380 no carro.

Após o crime, o empresário teria tentado dificultar as investigações. Segundo a acusação, ele orientou sua esposa, uma delegada da Polícia Civil, a entregar à perícia apenas uma das armas registradas em seu nome, escondendo a que teria sido usada no homicídio.

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Prisão

A prisão em flagrante de Renê foi convertida em preventiva, em audiência de custódia e segue mantida. Para o promotor de Justiça Claudio Barros, coordenador estadual das Promotorias do Tribunal do Júri e responsável pela denúncia, a medida é necessária para evitar que o réu prejudique a coleta de provas.

A denúncia também trouxe desdobramentos sobre a conduta da delegada, esposa do acusado. Ela foi indiciada por supostamente permitir que o marido portasse sua arma irregularmente e por prevaricação, já que não teria tomado providências ao tomar conhecimento do crime. O processo foi desmembrado e encaminhado a uma das varas criminais de Belo Horizonte, competente para julgar crimes comuns.

Com MPMG

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Thiago Cândido

Jornalista pela UFMG. Repórter na 98 desde 2025. Participou de reportagem vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo 2024.

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