Lula diz que vai propor resposta conjunta do Brics contra tarifaço de Trump

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Lula quer resposta conjunta do Brics ao tarifaço de Trump (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nessa quarta-feira (6/8), em entrevista à agência Reuters, que planeja ligar para outros líderes do Brics para debater a possibilidade de uma resposta conjunta do grupo ao tarifaço imposto pelos EUA. Lula afirmou que vai ligar primeiro para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi – com quem tem conversa marcada para hoje – e para o presidente da China, Xi Jinping.

Além de Brasil, China e Índia, também integram o Brics, que reúne economias emergentes, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Irã e Rússia. Segundo Lula, a ideia é construir uma posição unificada entre esses países diante do que considera uma “ação abusiva” do governo Trump.

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“Vou tentar fazer uma discussão com eles sobre como é que cada um está dentro da situação, qual é a implicação que tem em cada país, para a gente poder tomar uma decisão”, disse Lula. Os produtos brasileiros já estão sujeitos a uma sobretaxa de 50%. A Índia também recebeu a mesma tarifa, em anúncio feito ontem pelo presidente Donald Trump, com a justificativa de que o país importa produtos da Rússia (mais informações na pág. B2). A China vem mantendo negociações diretas com os EUA, depois de um enfrentamento inicial que chegou a colocar as tarifas em patamar acima dos 100%.

Os EUA têm combatido as pretensões do Brics de criar um rival ao dólar para transações internacionais.

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Ainda na entrevista, Lula voltou a dizer que, neste momento, não vê espaço para ligar para o presidente americano para falar sobre o tarifaço. “Não tenho motivo para ligar para Trump porque, nas cartas (em que anunciou o tarifaço contra o Brasil, publicadas em rede social) que ele mandou, ele não fala em negociação”, disse Lula. “Um presidente não pode ficar se humilhando para outro. Quando minha intuição disser que Trump quer negociar, não terei dúvida de ligar. Mas eu não vou me humilhar.”

OMC

Em outro movimento, o Itamaraty anunciou ontem que deu entrada na Organização Mundial de Comércio (OMC) de um pedido de consulta em reação ao tarifaço. A consulta é uma etapa anterior à eventual abertura de painel, mecanismo de julgamento dentro da organização.

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O Itamaraty disse que a solicitação “questiona” as medidas tarifárias aplicadas por meio de dois decretos de Trump: o de 2 de abril (sobre as tarifas recíprocas de 10%) e o de 30 de julho, que instituiu mais 40% sob o argumento de supostas “ameaças” aos EUA por parte do governo brasileiro. A medida, contudo, tende a ter caráter simbólico, uma vez que o órgão de apelação da OMC está inativo já há alguns anos, exatamente pela falta de indicação de representante americano.

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