Grupo de manifestantes ateou fogo em pneus na porta de um prédio no bairro de Lourdes, região Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta terça-feira (4/11). Segundo a Polícia Militar, os participantes do ato acreditavam que o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Leite (MDB), morava no local.
De acordo com o boletim de ocorrência, o protesto foi motivado pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, que retira a obrigatoriedade de referendo popular para a privatização da Copasa. Os manifestantes estavam vestidos de preto e usavam máscaras. Ninguém ficou ferido.
Ainda conforme a PM, o grupo bloqueou a entrada e saída da garagem do prédio e pichou no asfalto a frase “Não à PEC 24”. Apesar do ataque, o parlamentar não mora no endereço. A corporação informou que as investigações estão em andamento para identificar os envolvidos.
Posicionamento
Na tarde desta terça, Tadeu Leite repudiou o episódio e disse que não vai se deixar intimidar. “Ninguém aguenta mais vandalismo no Brasil. A tentativa de algumas pessoas da extrema esquerda de intimidar a mim e à Assembleia não vai impedir que continuemos o nosso trabalho sério, independente e democrático”, afirmou.
Ele acrescentou que as autoridades já estão atuando para responsabilizar os envolvidos. “As autoridades competentes foram acionadas e já atuam na identificação e responsabilização dos envolvidos, especialmente os organizadores deste absurdo que vimos hoje”, completou.
As autoridades competentes foram acionadas e já atuam na identificação e responsabilização dos envolvidos, especialmente os organizadores deste absurdo que vimos hoje.
— Tadeu Leite (@_Tadeuzinho) November 4, 2025
Apoio
O Bloco Democracia e Luta, que faz oposição ao governo de Romeu Zema (Novo) na ALMG, também divulgou nota de solidariedade ao presidente da Casa. “Manifestamos nossa solidariedade ao deputado Tadeu Leite, cuja residência foi alvo de atos lamentáveis envolvendo vandalismo. Repudiamos de forma veemente qualquer ação violenta”, declarou o grupo.
Na nota, o bloco destacou a importância do diálogo político. “A violência nunca pode ser instrumento de debate político — todos perdem, sobretudo a razão e a democracia. Divergências devem ser enfrentadas no campo das ideias, com respeito, responsabilidade e espírito democrático”, conclui o texto.
Até a publicação desta reportagem, ninguém havia sido detido. Tão logo haja atualizações, a matéria será atualizada.
