As obras de duplicação entre Belo Horizonte e Ravena, na região metropolitana, ainda devem demorar a sair do papel. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que as empresas responsáveis pelas intervenções ainda elaboram os projetos básicos e executivos de engenharia. Sendo assim, o início das atividades devem ter início somente em 2026.
As intervenções fazem parte dos lotes 8A e 8B. O primeiro trecho, entre os quilômetros 422,4 e 440,4, será duplicado pelo Consórcio BR-381 CLC/Conserva. Segundo o Dnit, será realizada a restauração e o melhoramento de 18 quilômetros, além da construção de 19 obras de arte especiais.
O processo de desenvolvimento do projeto foi dividido em duas etapas, sendo que a primeira tem previsão de entrega em agosto e a segunda, em dezembro de 2025.
Já no segundo trecho, entre os kms 445 e 458, as obras serão feitas pelo Consórcio CLC/Conserva/Tecnogeo. A previsão é que o contrato seja assinado nas próximas semanas. O prazo de vigência do contrato será de 1.440 (mil quatrocentos e quarenta) dias consecutivos a partir da assinatura.
Os recursos para as obras, orçadas em R$ 95 milhões, já estão previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) em 2025.
Retiradas de famílias
A duplicação do trecho entre BH e Ravena foi assumida pelo Governo Federal, após o processo de concessão da BR-381 terminar deserto em, ao menos, quatro oportunidades. A União, então, retirou o trecho para atrair as empresas. A rodovia acabou sendo arrematada pela concessionária Nova 381, da 4UM Investimentos.
Segundo o Dnit, estima-se o reassentamento de 1.750 famílias que ocupam a faixa de domínio, além da desapropriação de 300 imóveis. “Para a execução do reassentamento deverá ser firmado um novo Acordo Judicial, o qual está sendo discutido entre DNIT, Justiça Federal, Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União, Ministério das Cidades e municípios que abrangem esses lotes. As modalidades de reassentamento previstas pelo DNIT são a compra assistida, construção de unidades habitacionais e compensação monetária”, explicou o órgão.
O Dnit esclarece que no caso do lote 8A “as equipes da autarquia já concluíram o cadastramento das famílias e a selagem dos imóveis”.