Empresa alvo da PF já havia sido interditada na Serra do Curral por falta de licença

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Empresa havia sido alvo de investigação em 2023 por problemas na licença ambiental em atividades de lavra de minério de ferro na Serra do Curral (Robson Santos/Semad)

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Uma das empresas que foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (17/9), a Gute Sicht Ltda., já havia sido alvo de investigação em 2023 por problemas na licença ambiental em atividades de lavra de minério de ferro na Serra do Curral. Na ocasião, a empresa foi fechada pelo Governo de Minas Gerais e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A decisão foi tomada a partir da análise da fiscalização no local e de geoprocessamento, em ação acompanhada por um fiscal da Agência Nacional de Mineração (ANM).

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Em outra fiscalização naquele mesmo ano, foi constatado que houve deslocamento de uma cerca que delimitava as áreas de direito minerário, avançando indevidamente sobre trecho de direito de outra empresa. A fiscalização resultou em multas ambientais de R$ 89.443,12 e, naquele momento, em suspensão imediata das atividades de lavra a céu aberto de minério no local.

Na época, o governo de Minas havia informado que a Gute Sicht não havia processo de licenciamento ambiental aprovado na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e que não havia termos de ajustamento de conduta (TAC) vigentes, ou seja, a empresa operou sem autorização administrativa da pasta ambiental.

A Gute Sicht teve um TAC assinado em 2021 com a Semad, com validade de 12 meses, além de um aditivo firmado em 2022, sendo cancelado pela pasta por descumprimento de condicionantes.

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Operação da PF

A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quarta-feira (17/9), 79 mandados de busca e apreensão e 22 de prisão em uma operação para afastar servidores públicos envolvidos em um esquema bilionário. Os procurados são acusados de corromper servidores públicos em diversos órgãos estaduais e federais de fiscalização e controle na área ambiental e de mineração.

Segundo a PF, eles buscavam autorizações e licenças ambientais fraudulentas. Essas autorizações eram utilizadas explorar irregularmente minério de ferro em larga escala, incluindo locais tombados e próximos a áreas de preservação.

A organização criminosa também teria atuado para dificultar as investigações e monitorar autoridades. Além disso, o grupo utilizou diversos artifícios para lavar o dinheiro obtido com as práticas ilícitas.

A investigação identificou projetos em andamento vinculados à organização criminosa com potencial econômico superior a R$ 18 bilhões.

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Larissa Reis

Graduada em jornalismo pela UFMG e repórter da Rede 98 desde 2024. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2022 (2º lugar) e em 2024 (1º lugar).

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