O influenciador digital Lohan Ramires, de 32 anos, natural de Uberlândia (MG), foi detido nos Emirados Árabes Unidos, em 1º de setembro, após ser incluído na lista vermelha da Interpol. Ele é condenado a mais de 23 anos de prisão no Brasil por crimes como tráfico de drogas, associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A Rede 98 procurou a defesa de Lohan e aguarda posicionamento.
Prisão internacional
A captura ocorreu em uma ação integrada que envolveu o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Polícia Federal, a Polícia Civil de Minas Gerais e autoridades internacionais. Segundo o MPMG, Ramires levava uma vida de luxo no exterior e chegou a ostentar viagens, carros importados e bens de alto valor em suas redes sociais, onde acumula mais de 600 mil seguidores.
O influenciador foi alvo de três grandes operações do Gaeco em Uberlândia:
- Diamante de Vidro, que investigou tráfico, receptação e lavagem de capitais;
- Má Influência, que descobriu venda ilegal de anabolizantes e movimentação ilícita de dinheiro
- Erínias, que apurou um suposto plano para atentar contra autoridades de segurança pública.
Condenações e bens apreendidos
Entre as condenações já transitadas em julgado, Lohan Ramires recebeu:
- 7 anos e 6 meses de prisão em uma das fases da Diamante de Vidro;
- 3 anos de prisão em outra etapa da mesma operação;
- 12 anos, 11 meses e 18 dias de prisão na operação Má Influência.
Durante as investigações, foram apreendidos veículos de luxo como uma BMW de R$ 400 mil, com interior personalizado, e uma Dodge Ram, avaliada em valor semelhante, que acabou sendo transformada em viatura do Corpo de Bombeiros.
Vida de luxo e redes sociais
Mesmo sendo considerado foragido, Ramires mantinha uma rotina de ostentação, compartilhando viagens para praias brasileiras, passeios de lancha e jet ski, além de exibir bens de alto padrão.
Extradição para o Brasil
Agora, com a prisão confirmada, os trâmites de extradição estão em andamento para que o influenciador cumpra as penas no Brasil. O MPMG destacou que todas as condenações já estão encerradas na Justiça, sem possibilidade de recurso.