A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai ser palco de uma das competições acadêmicas mais antigas e difíceis do mundo: a Olimpíada Internacional de Química Mendeleev (IMChO). Essa será a primeira vez que a competição vai ocorrer fora da Eurásia – grupo que reúne os países da Europa e da Ásia.
O evento está marcados para os dias entre 5 e 12 de maio, no Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (ICEx) da UFMG. Participam da olimpíada 200 estudantes do ensino médio, vindos de mais de 20 países.
Durante a olimpíada, os estudantes participarão de três rodadas de testes, duas teóricas e uma prática. As tarefas da primeira rodada teórica correspondem, em termos de complexidade, ao programa de aulas especializadas de química. Na segunda rodada teórica, são oferecidas atividades de nível mais elevado que podem abranger diversas áreas da química, como a orgânica, a inorgânica, a física, a analítica ou a ciências da vida.
A terceira rodada de testes é prática, e os alunos utilizarão os laboratórios de ensino do Departamento de Química da UFMG. A rodada experimental da Olimpíada tem duração de cinco horas e exige que os participantes demonstrem habilidades para trabalhar em um laboratório químico, realizando análises de substâncias de acordo com as metodologias propostas.
Os vencedores da Olimpíada Internacional de Mendeleev recebem medalhas de bronze, prata e ouro. Alguns países participantes também podem oferecer aos seus vencedores bolsas de estudos ou prêmios em dinheiro.
Belo Horizonte reunirá representantes dos seguintes países: Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Tajiquistão, Turcomenistão, Áustria, Bulgária, Croácia, Hungria, Vietnã, Israel, Quênia, Cuba, Mongólia, Arábia Saudita, Macedônia do Norte, Sérvia, Síria, Sri Lanka, Turquia e Vietnã.
Olimpíada Internacional de Mendeleev
A competição escolar foi criada na Faculdade de Química da Universidade Estatal de Moscou Lomonosov. Para os idealizadores, o evento contribui para a popularização da educação química e para a disseminação das melhores práticas de educação.
“É a geração mais jovem que enfrenta a tarefa de alcançar tanto os objetivos nacionais de seus países quanto aqueles comuns a toda a humanidade. A competição promove a troca de experiências entre estudantes talentosos de todo o mundo, aproximando países e povos em prol da prosperidade universal”, disse o diretor do Departamento de Química da Universidade Estadual de Moscou e vice-presidente da Academia Russa de Ciências, Stepan Kalmykov.
O torneio recebeu esse nome em homenagem ao químico russo Dmitry Ivanovich Mendeleev, que descobriu a lei periódica, com base na qual foi criada a Tabela Periódica dos Elementos Químicos.
A edição deste ano é organizada pela UFMG, pela Faculdade de Química da Universidade Estadual de Moscou e pela Fundação Melnichenko, que reconhece os vencedores da competição individual com o Prêmio Acadêmico Valery Lunin, criado em homenagem ao fundador da Olimpíada Mendeleev e grande responsável por sua projeção internacional.
Com UFMG