O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, rebateu nesta sexta-feira (30/5), as críticas feitas ao programa do governo federal que pretende ampliar o número de beneficiários atingidos pela tarifa social de energia elétrica.
Em entrevista à 98News, Silveira explicou como vai funcionar o programa. “No setor elétrico brasileiro não tem jeito de se agradar todo mundo. Você vai agradar a classe média brasileira que vem muito pressionada pela inflação nos últimos anos, ou você vai agradar os grandes geradores de energia, os grandes empresários. Então, para contemplar a classe média, de julho de 2026 até dezembro de 2027, vamos abrir o mercado de energia. Ninguém vai ter mais um monopólio e, com isso, esperamos que a energia caia em torno de 20%”, explicou.
Segundo o ministro, a perspectiva do governo é alcançar cinco milhões de pessoas em Minas com a nova tarifa social, que vai entrar em vigor a partir de medida provisória enviada ao Congresso, que prevê a abertura do mercado para que o consumidor escolha com qual fornecedor pretende ter um contrato de energia.
“Em Minas Gerais, cinco milhões de pessoas deixarão de pagar conta de energia. Essa pessoa é aquela que mora nos grandes aglomerados, que mora nas grandes vilas, que mora no Jequitinhonha, no Vale do Mucuri e que consome até seis lâmpadas, uma geladeira, um fogão, um ferro de passar roupa e um carregador de telefone. Então, nós vamos isentar essas pessoas”, afirmou.
A abertura do mercado está prevista para começar em agosto de 2026 para a indústria e o comércio, e em dezembro de 2027 para os demais consumidores. A proposta do governo Lula é alcançar 60 milhões de pessoas no país com isenção ou algum desconto na conta de luz.
Recursos
Alexandre Silveira explicou também que a nova medida vai ser implantada em três etapas que incluem uma nova tarifa social, a abertura do mercado de energia e a obtenção de subsídios das empresas geradores de energia.
“O primeiro eixo da reforma é o programa Luz do Povo, com a implantação da nova tarifa social. O segundo eixo é a abertura de mercado. E o terceiro eixo, nós estamos tirando das geradoras subsídios que não são mais necessários e que elas querem continuar com esses subsídios. Respeitando os contratos, a segurança jurídica e a previsibilidade”, pontuou.