O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta segunda-feira (15/9), a execução imediata da pena de 14 anos de prisão imposta à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos. Ela foi condenada pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e por vandalizar a estátua A Justiça, localizada em frente à sede do STF, com a frase “Perdeu, mané”.
A decisão de Moraes marca o fim do processo judicial contra Débora, ou seja, não há mais possibilidade de recursos.
Apesar da ordem, a cabeleireira continuará em prisão domiciliar. O benefício foi concedido em março deste ano porque ela é mãe de filhos com menos de 18 anos. Relator do processo, Moraes entendeu que, mesmo com a execução da pena, deve ser preservado o regime especial já estabelecido, em atenção ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
Débora foi considerada culpada por uma série de crimes, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e destruição de patrimônio tombado.
O julgamento da cabeleireira se insere no conjunto de processos abertos contra centenas de pessoas que participaram dos atos antidemocráticos. Entre essas pessoas, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados, que integram o chamado núcleo crucial da trama golpista, todos condenados na última semana.