A OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu um alerta global nesta semana devido ao aumento da circulação de uma nova variante do vírus influenza A (H3N2), o subclado K, popularmente chamado de “gripe K” ou “supergripe”.
O comunicado da entidade ocorre simultaneamente à confirmação do primeiro caso da variante na América Latina. Autoridades de saúde do México detectaram o vírus em um paciente que apresentou sintomas respiratórios, mas que já se encontra recuperado após tratamento antiviral.
Aumento precoce de casos
Segundo o relatório da OMS, embora a atividade global da gripe permaneça dentro dos limites sazonais, foram observados “aumentos precoces e atividade maior do que o típico para esta época do ano” em algumas regiões.
Na Europa, a disseminação do subclado K antecipou o início da temporada de infecções respiratórias em mais de um mês. No Reino Unido, houve registro de aumento nas internações e algumas escolas chegaram a fechar para conter o contágio.
Situação nas Américas e no Brasil
Até a confirmação no México, a variante K circulava no continente americano apenas nos Estados Unidos e no Canadá.
Ainda não há registro da “gripe K” na América do Sul. No entanto, a região enfrenta alta circulação de outras linhagens do H3N2. O Brasil lidera o ranking sul-americano, com 6.563 casos de variantes do H3N2, seguido pela Colômbia (1.403) e Chile (1.389).
Prevenção
A OMS reforça que as vacinas continuam sendo a ferramenta mais eficaz, mesmo com as diferenças genéticas das novas cepas.
A Secretaria de Saúde do México ressaltou que, clinicamente, a nova variante não apresenta características distintas das gripes sazonais já conhecidas e responde aos tratamentos padrão.
Diante do cenário, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) recomendou que os países ajustem seus planos de preparação para evitar uma eventual sobrecarga dos sistemas de saúde.
