O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou nesta quinta-feira (13/11) que, caso decida concorrer ao governo de Minas em 2026, não será pelo partido do qual faz parte atualmente. Segundo ele, a direção nacional do PSD optou por apoiar o projeto político do governador Romeu Zema (Novo), o que inviabilizaria outra eventual candidatura pela sigla.
“A opção do PSD nacional foi ter uma aderência ao projeto do governo Zema. Isso não me incomoda. É uma opção feita pelo partido. E, óbvio, se minha decisão for continuar na política e ser candidato ao governo, não será pelo PSD”, declarou o senador.
Pacheco, que presidiu o Senado até fevereiro deste ano, afirmou que pretende definir ainda em 2025 se seguirá na vida política. Ele considera que o próximo ano deve começar com o cenário eleitoral mais claro em Minas.
“Acho que é um prazo razoável [os próximos meses] para já entrarmos o ano de 2026 com essas definições. O estado precisa ter alternativas de nomes. Os partidos precisam se organizar. Eu acho que é o momento, sim”, avaliou.
O senador destacou ainda que a decisão envolverá uma análise mais ampla do futuro político, não apenas a escolha de uma nova legenda.
“É uma reflexão mais ampla que a questão partidária. Minha reflexão, desde que eu saí da Presidência do Senado, é sobre a continuidade na política, ou não. Se eu disputarei eleições, ou não. Essa decisão que eu preciso tomar. E ela é mais importante que a questão partidária”, afirmou.
Dança das cadeiras
Outras movimentações ocorrem nos bastidores da política mineira. Ao mencionar o “projeto político de Zema”, Pacheco se refere à filiação de Mateus Simões, vice-governador de Minas, ao PSD, já confirmado na corrida eleitoral de 2026.
No início de novembro, Gabriel Azevedo (MDB) também confirmou participação na disputa pelo Executivo mineiro. Segundo ele próprio, a mudança de rumo, após a derrota na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2024, seria resultado de uma combinação entre necessidade e oportunidade.
Além deles, Alexandre Kalil estará no ringue. O interesse do ex-prefeito da capital pelo Governo de Minas foi confirmado em outubro, quando Kalil se filiou ao PDT.
