O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente, nesta terça-feira (30), as recentes sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e classificou a medida como uma “interferência inaceitável” na Justiça brasileira. Em declaração oficial, Lula reafirmou o compromisso do Brasil com a soberania nacional, a democracia e a independência entre os Poderes.
“O Brasil é um país soberano e democrático, que respeita os direitos humanos e a independência entre os Poderes”, afirmou o presidente. Segundo ele, o país defende o multilateralismo e a convivência harmoniosa entre as nações, princípios que, na avaliação do governo, têm sustentado a força da economia brasileira e a autonomia de sua política externa.
Lula também se solidarizou com o ministro Alexandre de Moraes, alvo de sanções após campanhas promovidas por políticos brasileiros no exterior. Para o presidente, esses parlamentares agem “em defesa dos próprios interesses” e “traem a pátria e o povo”. Ele reforçou que a independência do Judiciário é um pilar da democracia e que “justiça não se negocia”.
O presidente criticou ainda as novas barreiras comerciais impostas pelos EUA contra exportações brasileiras, afirmando que são “injustificáveis” e “motivadas politicamente”. Segundo ele, o Brasil, mesmo com histórico de déficit comercial com os norte-americanos, está disposto a negociar, mas não abrirá mão dos mecanismos de proteção previstos em sua legislação.
Por fim, Lula reafirmou que o governo já iniciou a avaliação dos impactos das medidas e está elaborando ações para proteger trabalhadores, empresas e famílias brasileiras. Ele também defendeu a regulação das plataformas digitais e o combate a conteúdos que promovam ódio, racismo, fraudes e ataques à democracia.