PGR investiga deputado Antônio Doido após apreensão de R$ 6 milhões com aliados

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A PGR abriu uma investigação sobre o deputado Antônio Leocádio dos Santos, mais conhecido como Antônio Doido (Câmara dos Deputados/Divulgação)

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu uma investigação sobre o deputado Antônio Leocádio dos Santos, mais conhecido como Antônio Doido (MDB-PA), após duas apreensões milionárias de dinheiro envolvendo pessoas próximas a ele.

O Estadão pediu manifestação do parlamentar, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto. O inquérito vai tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF) por causa do foro do deputado.

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Segundo a PGR, há indícios de “crimes potencialmente associados ao exercício do mandato de deputado federal, envolvendo o desvio de recursos oriundos de contratos públicos e a subsequente lavagem desses valores”.

As suspeitas iniciais são de peculato, lavagem de dinheiro, corrupção de agentes públicos, organização criminosa e crimes eleitorais. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles e confirmada pela reportagem.

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Como mostrou o Estadão, Antônio Doido está entre os deputados que mais direcionaram emendas parlamentares em 2024. Ele conseguiu mandar R$ 37,8 milhões para diversas prefeituras paraenses.

A primeira apreensão que colocou a Polícia Federal no rastro do deputado foi em 4 de outubro de 2024, dois dias antes do primeiro turno das eleições. O policial militar Francisco de Assis Galhardo do Vale foi preso em flagrante depois de sacar R$ 4,9 milhões em uma agência do Banco do Brasil em Castanhal, na região metropolitana de Belém.

O soldado Ellis Dangeles Noronha Martins, que ficou na guarda de parte do dinheiro sacado, e o empresário Geremias Cardoso Hungria, que estava no carro com o policial militar, também foram presos.

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A hipótese inicial era de compra de votos nas eleições municipais. Não demorou para a Polícia Federal chegar ao deputado. Foram encontradas diversas conversas dos presos com Antônio Doido.

Um dos diálogos foi no dia do flagrante. O PM questiona o deputado: “Entregar quanto para o neguinho?”. E Antônio responde: “380k”.

Quando a Polícia Federal abordou Francisco Galhardo, ele estava justamente com R$ 380 mil em um carro na porta do banco. O restante do dinheiro ficou com Ellis Martins dentro da agência.

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As suspeitas envolvendo o deputado levaram a Justiça Eleitoral do Pará a enviar o processo ao STF.

Três meses depois, no dia 17 de janeiro de 2025, os policiais federais encontraram mais de R$ 1 milhão com o assessor parlamentar Jacob Aarão Serruya Neto. O dinheiro havia sido sacado na agência do Banco do Brasil na rua Senador Lemos, em Belém, supostamente para cobrir propinas a servidores públicos. O servidor foi desligado do gabinete depois que as suspeitas vieram a público.

Nos dois casos, a Polícia Federal foi alertada por denúncias anônimas. A PGR decidiu unificar as duas investigações no Supremo Tribunal Federal.

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