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Refrigerantes zero açúcar podem causar mais prejuízos ao fígado, revela pesquisa

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Estudo mostra que versões com pouco ou nenhum açúcar estão mais fortemente associadas ao acúmulo de gordura hepática e à disfunção metabólica (Unsplash/reprodução)

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Um novo conjunto de evidências científicas indica que as bebidas zero e diet representam risco ainda maior ao fígado do que os refrigerantes tradicionais. Apresentado na Semana Europeia de Gastroenterologia, em Berlim, o estudo mostra que versões com pouco ou nenhum açúcar estão mais fortemente associadas ao acúmulo de gordura hepática e à disfunção metabólica.

A análise envolveu 123.788 participantes do UK Biobank, acompanhados por mais de dez anos, todos sem diagnóstico prévio de doença hepática no início da pesquisa.

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O consumo foi monitorado por meio de questionários alimentares repetidos e correlacionado à incidência de esteatose hepática, doença hepática alcoólica, níveis de gordura no órgão e mortalidade relacionada ao fígado.

Os dados apontam que a ingestão diária acima de 250 gramas de bebidas com baixo teor de açúcar ou sem açúcar elevou em 60% o risco de desenvolver MASLD (Metabolic dysfunction-associated steatotic liver disease, ou Doença Hepática Esteatótica Associada à Disfunção Metabólica).

Entre consumidores de refrigerantes açucarados tradicionais, o aumento foi de 50%. Ao final do período analisado, 1.178 participantes desenvolveram MASLD e 108 morreram por complicações hepáticas.

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O impacto negativo das bebidas zero também foi observado em níveis considerados moderados. O consumo de uma única lata por dia já esteve associado a maior probabilidade de evolução para gordura hepática. Segundo o estudo, embora vendidas como alternativas mais leves, essas bebidas não ofereceram proteção metabólica em relação às versões tradicionais.

Os resultados sugerem que ambas contribuem para sobrecarga hepática e piora de marcadores metabólicos. Nos refrigerantes comuns, os mecanismos incluem picos de glicose e insulina, aumento do ácido úrico e ganho de peso. Já os adoçados artificialmente podem alterar a microbiota intestinal, interferir em sinais de saciedade e estimular a secreção de insulina, favorecendo a formação de gordura no fígado.

A análise também avaliou possíveis substituições alimentares. Trocar qualquer uma das bebidas por água reduziu o risco de doença hepática alcoólica: queda de 12,8 por cento quando substituídas as opções açucaradas e de 15,2 por cento ao trocar as versões com pouco ou nenhum açúcar. A simples substituição entre refrigerantes tradicionais e diet não apresentou benefício, indicando impacto semelhante sobre o fígado.

Os pesquisadores destacam que a MASLD, anteriormente chamada de doença hepática gordurosa não alcoólica, é atualmente a condição hepática crônica mais prevalente no mundo, afetando mais de 30 por cento da população adulta. A progressão inclui inflamação, dor, fadiga e perda de apetite, podendo evoluir para cirrose e carcinoma hepatocelular.

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Larissa Reis

Graduada em jornalismo pela UFMG e repórter da Rede 98 desde 2024. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2022 (2º lugar) e em 2024 (1º lugar).

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