Para comemorar os avanços científicos das pesquisas mineiras ao longo de 40 anos, e colocar em pauta os desafios futuros da área, a Fundação de Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) realiza até o fim do ano, uma série de eventos em cidades estratégicas para a inovação no estado.
Uberlândia, Viçosa, Montes Claros e Belo Horizonte recebem os encontros com pesquisadores, empresários, gestores públicos e representantes de instituições de ensino e da sociedade civil para apresentar os impactos concretos das ações da fundação no desenvolvimento do estado. Uberaba e Caldas vão ser as próximas cidades a receber.
O presidente da Fapemig, Carlos Arruda, destaca que a fundação tem investido em agricultura, mineração, indústria e saúde, contribuindo para o desenvolvimento de Minas Gerais e do Brasil.
Cases de sucesso incluem a criação de um Centro Nacional de Vacinas e o crescimento da produção de cacau no estado. Ele aponta que, para os próximos anos, a Fapemig pretende avançar em inteligência artificial, mudanças climáticas e minerais estratégicos, áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento contínuo da ciência e tecnologia.
“Queremos comemorar junto com todos que se dedicam às pesquisas em cada região. Isso serve também para uma reflexão sobre os próximos 40 anos, considerando as grandes transformações tecnológicas e a participação de Minas nelas”, comentou.
Pesquisas regionais
Em cada região, a Fapemig vai selecionador “projetos inspiradores” que caracterizam os estudos e pesquisas locais, e que levam à reflexão sobre futuros projetos.
Entre os projetos selecionados, citados por Carlos Arruda, estão as pesquisas de amparo ao desenvolvimento de vacinas na UFMG, em BH ; estudos ligados ao café, como fermentação e agregação de valor, realizadas em Uberlândia; debates sobre pragas e doenças, tanto animais quanto vegetais, feitos em Viçosa e pesquisas de desenvolvimento da cachaça promovidas em Lavras.
Áreas estratégicas
Carlos Arruda destacou que os avanços de pautas estratégicas para o futuro da Fapemig envolvem investimentos em IA e tecnologias digitais, mudanças climáticas e impacto ambiental, além de minerais estratégicos
“Essas áreas já recebem muitos recursos e são consideradas foco da Fapemig”, afirma.
O dirigente diz que Minas tem grandes polos de desenvolvimento de recursos humanos, com departamentos de ciência da computação nas universidades, que são referência no Brasil e no mundo, além de ter como prioridade investimentos em transformação ambiental, descarbonização e redução dos impactos das mudanças climáticas na sociedade e economia.
As terras raras de nióbio e lítio, segundo Arruda, também são objeto de pesquisa e de recursos para a exploração mineral no estado.