Belo Horizonte pode estar prestes a viver uma das maiores transformações urbanas da sua história.
A Prefeitura apresentou o projeto de lei da Operação Urbana Simplificada, com o objetivo de regenerar os bairros da região central. A proposta promete revitalizar todo o centro da capital e o seu entorno, trazendo de volta vida, moradores e negócios para o coração da cidade, com incentivos fiscais e urbanísticos inéditos.
Entre os bairros que serão beneficiados estão Carlos Prates, Bonfim, Lagoinha, Concórdia, Floresta, Santa Efigênia, Boa Viagem, Barro Preto e Colégio Batista. A ideia é que, em até um ano após a aprovação, já comecem as novas construções e que, em até 12 anos, toda a região esteja completamente renovada.
Para quem investe ou trabalha com imóveis, vale ficar de olho: a PBH pretende conceder isenções de IPTU, ITBI e taxas de licenciamento, além de aumentar em até 70% o potencial construtivo e suspender temporariamente a outorga onerosa. Ou seja, construir e investir no centro vai ficar muito mais vantajoso.
O plano também estimula o retrofit de prédios antigos, a substituição de galpões e estacionamentos e a criação de habitações populares, o que pode gerar uma nova diversidade de usos, algo que o centro de BH há muito tempo perdeu. Hoje, a Prefeitura identificou quase 1.200 imóveis subutilizados, prédios envelhecidos e uma grande perda de comércios históricos.
O projeto busca reverter esse cenário, promovendo verticalização, movimento e segurança para uma área que, por muito tempo, foi deixada de lado. E tem mais: mesmo com as isenções, o município não deve perder receita. A estimativa é que, com apenas 30% do potencial da operação atingido, a arrecadação com o IPTU aumente em milhões de reais por ano, resultado direto da valorização imobiliária e da reocupação da região.
No fim das contas, é o tipo de iniciativa que transforma a cidade, cria oportunidades para o mercado e devolve identidade a quem vive em BH. Se essa lei for aprovada, pode anotar: o centro vai voltar a ser o centro das atenções.
