No episódio de hoje, vamos falar sobre como a renda extra gerada por meio de trabalhos e aplicativos tem se tornado uma realidade para muitos brasileiros. Vamos entender esse fenômeno e o que ele representa para a economia, e para o seu bolso.
De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em parceria com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mais de 22% dos trabalhadores com renda pela metade são usuários de plataformas de transporte ou de entrega. E, entre esse grupo, cerca de 56% afirmam que a renda extra é essencial para fechar o mês.
Outro levantamento, da GetNinjas, com colaboradores de serviços por aplicativo, mostrou que, em média, o motorista de app dedica cerca de 50 horas por semana e obtém rendimento líquido de aproximadamente R$ 3.400, enquanto o entregador trabalha cerca de 40 horas semanais e recebe entre R$ 2.340 e R$ 2.996 no Brasil, em 2024.
O crescimento desse tipo de trabalho se intensificou com a pandemia e, depois, se consolidou como uma alternativa de fonte de renda flexível. Segundo a FGV, o número de pessoas registradas em atividades por aplicativo saltou 24% apenas entre 2020 e 2023.
Mas atenção: apesar da flexibilidade, existem desafios como a falta de cobertura previdenciária, a irregularidade na renda mensal, o desgaste físico e os custos que não são cobertos pelas plataformas, como combustível, depreciação e manutenção do veículo.
Por isso, para quem pensa em ingressar nesse tipo de atividade, o ideal é calcular se a renda adicional realmente compensa os gastos, reservar parte dos ganhos em uma poupança de emergência e diversificar as fontes de renda, evitando depender de um único aplicativo.
