Mostrar que você errou pode ser a jogada mais estratégica da sua carreira. Pesquisas da Harvard Business Review mostram que o líder que se expõe quanto às suas falhas e reflete sobre o aprendizado é visto como mais confiável e respeitado do que aquele que finge perfeição.
No dia a dia, isso não significa simplesmente dizer “foi mal” quando algo dá errado, mas sim explicar o que aconteceu, o que você aprendeu e o que vai mudar da próxima vez. Imagine que você perdeu um prazo importante ou tomou uma decisão que não deu certo. A primeira reação da maioria é se justificar, jogar a culpa no sistema, no colega e até na sorte. Mas quem entende de influência faz diferente.
Diz algo como: “Priorizei algumas análises e isso impactou o resultado; porém, já ajustei o processo.” Percebe a diferença? O erro deixa de ser vergonha e vira narrativa estratégica. Você mostra consciência, capacidade de ajuste e maturidade — qualidades que inspiram confiança. No cotidiano corporativo, isso se aplica a reuniões, e-mails, apresentações e até conversas informais. Um briefing saiu errado? Conte a lição. Um cliente ficou insatisfeito? Explique a correção e o plano futuro.
Até nas redes sociais corporativas, mostrar vulnerabilidade, quando bem articulada, reforça a autoridade e aproxima. É como dizer: “Eu também sou humano, mas aprendo rápido.” Transformar falhas em narrativas de impacto constrói reputação, respeito e influência real.
Profissionais que ignoram esse princípio acabam escondendo erros e se tornando previsíveis, frios e substituíveis. Quem assume, reflete e comunica vira referência — e, no mundo atual em que confiança e transparência são moeda rara, isso faz toda a diferença.