Um relatório da PwC mostra que a inteligência artificial generativa terá impacto em até 40% dos empregos no mundo até 2035, com efeitos desiguais entre setores e países.
Segundo a análise, tarefas repetitivas e de baixa complexidade serão automatizadas em grande escala, enquanto funções que exigem interação humana, tomada de decisão crítica e criatividade devem ganhar relevância. A pesquisa aponta que áreas como finanças, saúde, tecnologia e serviços jurídicos já estão passando por uma reconfiguração estrutural.
A expectativa é que papéis tradicionais desapareçam ou se transformem radicalmente, abrindo espaço para novas ocupações que combinem expertise técnica, sensibilidade humana e domínio de ferramentas digitais. O relatório também alerta para uma mudança de poder no mercado global de trabalho.
Países que investirem em capacitação massiva, infraestrutura digital e políticas públicas de transição terão vantagem significativa; já aqueles que permanecerem presos a modelos antigos de educação e treinamento podem ampliar desigualdades e perder competitividade internacional. No Brasil, o cenário já pede atenção redobrada.
A PwC estima que setores como indústria, comércio e serviços podem enfrentar um alto nível de automação até o fim desta década. Ao mesmo tempo, há uma oportunidade de expansão em áreas da economia criativa, saúde preventiva e tecnologia aplicada a problemas locais. A condição para capturar esse potencial está em um tripé claro: investimento em educação técnica, estímulo ao empreendedorismo e alinhamento entre empresas, governo e sociedade civil.
Mais do que uma ameaça, a PwC enxerga a IA como um catalisador de reinvenção. O desafio central não é a substituição em si, mas a velocidade de transição. Empresas que agirem agora, com planos robustos de requalificação e inovação, transformarão risco em vantagem.