No boletim de ontem, eu mencionei o dito popular: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo” e emendei três perguntinhas: Quem manda? Quem pode? E quem tem juízo? Pois bem, essas dúvidas seguiram martelando na cabeça do investidor na sessão desta terça-feira. A verdade é que ninguém tem certeza de absolutamente nada.
E para o mercado financeiro, pior do que uma notícia ruim é a falta de informação, a dúvida, a famosa incerteza. Enquanto o Banco do Brasil solta uma nota dizendo que vai cumprir as determinações jurídicas dos países onde atua, um executivo de um grande banco, que falou em anonimato com o jornalista Lauro Jardim, de O Globo, disse que a decisão do ministro Flávio Dino é “incumprível”.
Quando você precisa de neologismos para tentar decifrar uma situação, pode acreditar que o cenário não está fácil. Banco do Brasil caiu igual a uma jaca podre: queda de 6%. Bradesco está sem pai nem mãe: recuou quase 3,5%. Itaú despencou cerca de 3% e, no caso do Santander, tem criança de colo correndo pela sala: recuou praticamente 5%. A Unity terminou na mínima do dia.
O Ibovespa viveu um verdadeiro filme de Tarantino, com queda de 2,10%, a 134.432 pontos.
Agenda do dia: acerte o seu relógio. Às 2h30 da tarde, hora de Brasília, sai o fluxo cambial estrangeiro — dado importante para a economia doméstica. E às 3h, ata da reunião do FONDEM. Tem que estar no radar.