O prazo para que as associações de proteção patrimonial mutualista realizem o cadastro junto à Susep, a Superintendência de Seguros Privados, termina em 14 de julho. A medida faz parte das etapas de regulamentação do setor. Cerca de 20% das organizações já aderiram ao processo.
Kleber Vitor, presidente da Confederação Nacional das Mútuas e da Federação Estadual de Mútuas de Minas Gerais, detalhou como o processo deve ser feito e os riscos para as entidades que não se regularizarem.
“Precisa simplesmente entrar no site da Susep, anexar o estatuto e dar o ‘de acordo’, porque o processo é de três anos. A lei prevê um período transitório justamente para isso. São três anos para estruturar tudo. Eu sempre digo: muitas instituições cresceram de forma desorganizada. Conheço uma grande padaria em São Paulo e uma pequena em Minas. Gosto de negócios. O que quero dizer é o seguinte: se o cara cresceu desorganizado, agora tem três anos para se organizar. E essa organização é fundamental para garantir transparência ao consumidor e ao associado”, explicou Kleber.

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Ele também destacou o que muda com a regularização das mútuas junto à Susep. “Imagina: você lida com dinheiro de terceiros, sem alguém responsável pelo compliance. A Susep agora está de olho nisso. Existe uma lei, com normas claras, e quem não seguir vai operar de forma ilegal. A lei 213 deixa isso bem claro”, afirmou.
Kleber Vitor ainda se mostrou surpreso com a baixa adesão ao cadastramento, que termina no mês que vem.
“Estamos falando de uma regulamentação construída a várias mãos, não só pela Susep. E, até agora, termos apenas 20% de cadastro. Isso me surpreende”, finalizou.