O anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última quarta-feira (9/7), segue repercutindo em todo o país. Em Minas Gerais, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, pediu uma solução para o entrave econômico, que afeta diretamente a economia mineira.
“Eu não sou ator político e não estou aqui para ficar julgando A, B ou C. Seja o presidente Lula, seja o governador (Romeu Zema), estou aqui como agente econômico, demandando a solução. O que a gente quer é a solução. E o que é a solução? Um acordo. Encerrar essas agressões contínuas, sejam medidas unilaterais, sejam declarações”, pediu Flávio.
Flávio também comentou sobre a relação econômica entre os Estados Unidos e o Brasil, destacando que os brasileiros têm mais a perder que os americanos.
“Os Estados Unidos são um parceiro tradicional do Brasil. Do ponto de vista geográfico, faz todo sentido que nossas economias tenham um fluxo de comércio ativo e complementar. No nosso entendimento, ambos os países perdem muito. Perde mais o Brasil, devido à relevância dos EUA para nós, e nós não temos a mesma relevância para o mercado americano. Então, nesse jogo, temos mais a perder do que os Estados Unidos, justamente em função das economias. Por isso, urge a nós, que temos mais a perder, sentar à mesa”, afirmou.
Flávio finalizou dizendo que imaginava que o Brasil poderia se “posicionar de maneira favorável na cadeia de suprimentos americana” com o possível início da guerra econômica. Porém, o que ocorreu foi que “saímos da melhor posição, na taxa de tarifas dos EUA, para a pior posição”.
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*Estagiário sob supervisão do coordenador Wagner Vidal