Anistia geral e irrestrita é impossível, diz relator na Câmara

Siga no

Paulinho da Força afirma que vai construir texto “pelo meio” (José Cruz/Agência Brasil)

Compartilhar matéria

O relator do projeto de lei (PL) da anistia, o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), informou nesta quinta-feira (18) que o texto que irá apresentar não vai ser uma anistia total, como quer o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“[Anistia] ampla, geral e irrestrita é impossível, né? Essa discussão eu acho que já foi superada ontem, quando o Hugo [Motta, presidente da Câmara] teve uma reunião de mais de 3 horas com o pessoal do PL. Acho que nós vamos ter que fazer uma coisa pelo meio. Isso aqui talvez não agrade nem extrema direita, nem extrema esquerda, mas agrade a maioria da Câmara”, comentou.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A discussão na Câmara é em torno da aprovação de um projeto de lei que que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Aliados de Bolsonaro defendem que a anistia alcance também o ex-presidente, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 27 anos de prisão, em julgamento concluído na semana passada

Paulinho da Força disse que tem relação “com esquerda” e “com direita”, que vai procurar governadores para influenciar as bancadas estaduais e que espera colocar o texto em votação já na próxima semana.

“Cabe a mim tentar fazer esse meio de campo aí. É o que eu vou fazer. Conversar com todo mundo para que no final a gente possa ter um texto que agrade a todos”, disse Paulinho.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Questionado por jornalistas se a matéria seria apenas de redução de pena, e não de anistia, o relator disse “nós não estamos mais falando de anistia”.

urgência da anistia foi aprovada nessa terça-feira (18) com o apoio da maioria dos líderes da Câmara. Com a urgência aprovada, o texto pode ser votado a qualquer momento no plenário.

Está em disputa dentro da Casa o teor do texto, se será uma anistia ampla e irrestrita, como defende a oposição liderada pelo PL, ou um relatório mais restrito, com apenas reduções de penas.

Outra dúvida é se o texto deve alcançar todos os envolvidos, incluindo os organizadores e financiadores da tentativa de golpe de Estado, ou apenas os manifestantes do 8 de janeiro.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Trama golpista

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, entre outros delitos.

Aliados, generais e assessores próximos do ex-presidente também foram condenados, além de centenas de manifestantes que depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

O Supremo entendeu que o ex-presidente Bolsonaro pressionou os comandantes das Forças Armadas a aderir a um decreto para suspender a eleição e os poderes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, assim, permanecer no poder.

De acordo com as investigações, entre os planos previstos para anular a eleição de 2022, estava o de assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. 

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Compartilhar matéria

Siga no

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de Política

Paulinho da Força: quem é o relator do projeto de anistia na Câmara dos Deputados

Flávio Dino determina abertura de inquérito para investigar conclusões da CPI da Covid-19

Urgência do PL da Anistia: saiba como votaram os deputados mineiros

Anistia: liberdade ou risco?

PL da Anistia: Hugo Motta confirma Paulinho da Força como relator

Genial/Quaest: rejeição a Tarcísio é de 40%; a de Lula vai a 52% e a de Bolsonaro chega a 64%

Últimas notícias

Cruzeiro projeta mais de 40 mil torcedores para duelo contra o Bragantino no Mineirão

Reality que valoriza a alimentação escolar, Mestres da Merenda estreia nesta quinta na Rede Minas

Revenda os salgados da Pastelaria Marília de Dirceu na sua lanchonete; saiba como

Super Quarta: Fed corta juros, Copom mantém Selic em 15%

Dia Mundial Sem Carro: o que Belo Horizonte pode aprender com outras cidades

Por que voar no Brasil custa mais caro do que em países vizinhos

Macron vai apresentar ‘prova científica’ de que sua esposa nasceu mulher à Justiça dos EUA

Ouro dispara e reacende debate sobre economia global e mineração

Millennials no comando: o C-suite em transição