Vivemos um tempo em que não basta ter apenas habilidades técnicas. Quem quiser fazer a diferença precisa cultivar uma mentalidade inclusiva. Conforme um relatório da VOCSA, o futuro do trabalho e da educação começa com essa disposição de ver a diversidade como força e de agir sobre ela no dia a dia.
Competência hoje não é apenas sobre aquilo que fazemos, mas também sobre como acolhemos diferentes perspectivas nos espaços de trabalho e nos caminhos de aprendizagem. Segundo uma pesquisa do Top Employers Institute, 83% dos jovens profissionais esperam que as suas empresas cuidem do equilíbrio psicológico dos funcionários. Essa inquietação deixou de ser moda, é uma demanda real.
No relatório Future of Jobs 2025, o Fórum Econômico Mundial aponta que muitos empregos do futuro vão surgir dos setores de educação, saúde e serviços sociais, áreas em que a competência relacional, a empatia e a colaboração serão decisivas. Para construir isso, porém, não basta discurso.
É preciso prática: recrutamento com critérios amplos, mentorias cruzadas, avaliação contínua de vieses e investimento em formações que enfatizem diversidade, equidade e pertencimento. A mentalidade inclusiva deve permear decisões, estrutura de cargos e a própria cultura interna.
O futuro do trabalho — ou o trabalho do futuro — vai exigir mais do que técnica. Vai exigir uma transformação profunda na forma como as organizações entendem o valor humano e coletivo.