Lula recebe equipe de O Agente Secreto e destaca papel da cultura

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É a primeira exibição do filme no Brasil, que teve sua estreia mundial no 78º Festival de Cannes, na França (Valter Campanato/Agência Brasil)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nessa quinta-feira (7/8), membros da equipe e elenco do filme O Agente Secreto, em sessão especial no Palácio da Alvorada.

É a primeira exibição do filme no Brasil, que teve sua estreia mundial no 78º Festival de Cannes, na França, em maio, quando recebeu aplausos do público por aproximadamente 15 minutos.

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“A cultura é temida porque ela desperta a consciência política, fornece informação e não nos permite ser submissos. A cultura nos torna revolucionários, não com armas, mas com comportamento e ideias”, disse Lula, antes da sessão, que também contou com a presença de alguns ministros de Estados e outros convidados.

O diretor Kleber Mendonça Filho e o ator Wagner Moura, protagonista do filme, foram premiados em Cannes por melhor direção e melhor ator, respectivamente.

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A produção também concorreu à Palma de Ouro, principal prêmio do evento, mas quem levou foi o longa Um simples Acidente, do cineasta dissidente iraniano Jafar Panahi. Mendonça afirmou que a exibição do filme no palácio presidencial mostra o respeito do atual governo pela cultura do país.

“Passamos por um momento muito ruim, onde a cultura era atacada, e hoje eu acho que a cultura ela é festejada, ela faz parte da nossa identidade”, disse, em referência ao governo anterior.

“O Agente Secreto é um filme que fala muito sobre o Brasil e a lógica do nosso país, e a lógica do nosso país em relação ao poder e a história. Então, eu estou muito ansioso para que esse filme seja visto pelo povo brasileiro”, acrescentou o cineasta.

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Kleber Mendonça Filho também foi diretor de filmes aclamados como Aquarius (2016) e Bacurau (2019).

Oportunidades

O presidente Lula destacou que não há dúvidas sobre a capacidade do Brasil diante das premiações que o cinema nacional vem conquistando, citando ainda as conquistas dos filmes Ainda Estou Aqui no Oscar, nos Estados Unidos, e de O Último Azul no Festival de Berlim, na Alemanha.

“O que precisamos, na verdade, é criar oportunidades para que as pessoas possam se apresentar com a grandeza que cada um de nós possui”, afirmou, ao lembrar a importância de o Brasil estar, novamente, fora do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

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“Paulo Freire afirmava que não existe um ser humano mais inteligente que outro […]. Se todos tiverem acesso à alimentação, todos aprenderão. Dessa forma, junto à apresentação deste filme, a grande alegria é que, neste mês, recebemos da FAO a informação de que o Brasil, em apenas dois anos e meio, saiu novamente do Mapa da Fome, situação que envergonhava o país. Essa é uma conquista que vale tanto quanto o Oscar, Cannes ou Berlim”, comemorou.

Por outro lado, Lula se emocionou ao lembrar das crianças que estão morrendo de fome e desnutrição na Faixa de Gaza em meio ao bloqueio de Israel à entrada de ajuda humanitária internacional . “Chegamos à triste realidade de oferecer comida e água às crianças antes que venham a falecer”, disse.

Cultura brasileira

O Agente Secreto, ambientado no Brasil de 1977, conta a história de Marcelo, um professor especializado em tecnologia, que foge do passado violento e misterioso, mudando da capital São Paulo para Recife (PE), em plena semana do carnaval. Ele descobre, então, que está sendo espionado pelos vizinhos.

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O longa-metragem é uma coprodução entre Brasil, Alemanha, França e Holanda, e contou com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), vinculado à Agência Nacional do Cinema (Ancine), com apoio do Ministério da Cultura (MinC).

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, lembrou que o Brasil foi o homenageado no Festival de Cannes neste ano, sendo uma grande abertura para o mercado de filmes.

Ela contou que o governo trabalha na ampliação do número de salas de cinema no país, além das 5,4 mil existentes. Serão mais 100 até o fim do mandato, segundo a ministra.

“Estamos fazendo esse projeto, o projeto de nacionalizar as oportunidades, nacionalizar o acesso à cultura, está na Constituição e a gente está buscando cumprir”, disse.

Wagner Moura contou que se emocionou ao ver a ministra Margareth em Cannes e afirmou a felicidade em ver um governo que acredita na cultura como ferramenta para o desenvolvimento do país.

“Eu vi o Estado brasileiro se fazendo presente, apoiando um filme brasileiro, outros projetos brasileiros que estavam em Cannes, não só o nosso. E eu só quero dizer isso, como é emocionante, como é o presidente ligar para a gente para dizer parabéns, esses artistas brasileiros representam o povo brasileiro”, disse o ator, citando a recriação do Ministério da Cultura.

Em 2019, no primeiro ano da gestão Jair Bolsonaro, a pasta foi extinta e, em 2023, recriada pelo presidente Lula.

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