Em entrevista recente à revista MOJO, Brian May, guitarrista do Queen, relembrou uma decisão polêmica da banda: a recusa em permitir que uma de suas músicas fosse sampleada por um rapper durante o auge do chamado “rap gangsta”, que surgiu nos anos 1980.
Aos 77 anos, May explicou que a banda vetou o uso por acreditar que a faixa seria associada a uma mensagem que não condizia com os valores do grupo. “Nós impedimos que (as músicas) fossem usadas para promover violência ou abuso, durante o auge do rap gangsta, quando alguém queria samplear (algum material do Queen) em uma música. Achávamos que era abusivo para as mulheres. Mas, de outra forma, nossas músicas são para todos”, afirmou.
O Queen, conhecido por seu repertório versátil e mensagens que atravessam gerações, continua zelando pela integridade de sua obra, mesmo décadas após o auge da banda.
Inclusive, May relembrou que não gostava da música “Don’t Stop Me Now”, clássico da banda, especialmente pela glorificação percebida do estilo de vida de Freddie Mercury: “Na época, não me senti confortável com ‘Don’t Stop Me Now’, provavelmente por todos os motivos certos e errados. Acho que resisti até perceber por que as pessoas gostavam dela por muito tempo” concluiu.
A revelação sobre o rapper chamou atenção não apenas pela atitude firme da banda, mas também pela curiosidade que deixou no ar: quem era o rapper em questão? Brian May não revelou nomes, mantendo o mistério — e a especulação — sobre o episódio.