Rubens Menin, presidente do conselho da SAF do Atlético, revelou nesta sexta-feira (5/9) os bastidores da troca de técnicos do Galo, que envolveu a saída de Cuca e o retorno de Sampaoli ao clube. Para Rubens, o fim do ciclo de Cuca foi um “alívio” para o treinador, que não estava conseguindo “fazer as coisas acontecerem”.
A saída de Cuca
“Eu gosto muito do Cuca. É um cara bacana, de conversa fácil. Bom, mais ou menos fácil. Fácil para algumas coisas. Mas é muito educado. Só que tem hora em que a coisa não acontece. E ele mesmo sabia que não estava acontecendo. (…) Acho que ele ficou aliviado, porque chega uma hora em que não adianta insistir. Quando desequilibra, você percebe”, afirmou Rubens durante uma entrevista concedida à Rádio Itatiaia.
Na derrota para o Cruzeiro, que culminou em sua saída, Cuca chegou a afirmar publicamente que “as coisas simplesmente não estavam acontecendo”. Em outro momento, disse que “não tinha prazo nem certeza de que as coisas iriam melhorar”.
Busca por Sampaoli
Após a saída de Cuca, o Atlético foi ao mercado em busca de um novo comandante. O clube chegou a um acordo com Martín Anselmi, ex-Porto, mas o treinador recuou de última hora. Assim, Sampaoli foi o escolhido pela diretoria e assinou contrato até 2026. Para Rubens, a escolha foi influenciada por um personagem fundamental do Atlético: a torcida.
“A torcida é o nosso maior patrimônio, nosso maior aliado. E nós temos que ouvir, sim, a torcida. Ela foi muito importante na decisão. Uma troca de técnico não é simples, mas o que levamos muito em conta foi o pedido da torcida, e isso pesou no final”, disse.
Mudança de ares
Apesar da influência dos torcedores, o dirigente também afirmou que o momento vivido pelo Atlético na temporada “exigia” alguém como Sampaoli. Para ele, o treinador pode ser essencial para “mudar o clima” do clube.
“O momento exigiu um técnico com o perfil do Sampaoli. Há vários profissionais de alto nível no Brasil, mas era uma fase que precisava de uma guinada. O Sampaoli é trabalhador, conhece muito. Pessoalmente, gostei da decisão. Por ser o Sampaoli, por mexer com as pessoas, por mexer com a torcida. Acho que ele vai mudar o clima dentro do Atlético”, completou.
O primeiro desafio do argentino em seu retorno será justamente contra o algoz de seu antecessor: o Cruzeiro. No clássico decisivo pela Copa do Brasil, o Galo precisa vencer a Raposa por, no mínimo, dois gols de diferença para levar a decisão aos pênaltis.