O Cruzeiro saiu na bronca por um pênalti não marcado na partida contra o Mirassol, nesta segunda-feira (18/8), pelo Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva após o jogo, o técnico da Raposa, Leonardo Jardim, criticou a arbitragem e ironizou a decisão.
“A situação é fácil de analisar: a bola toca na coxa e depois no braço, mas isso não é pênalti. O pênalti veio depois. Eu não sabia que era permitido fazer manchetes de vôlei dentro da área. Mas o que eu vou fazer? O futebol brasileiro tem que tomar algumas medidas, porque, se não, as pessoas começam a desacreditar do VAR.”
O lance ocorreu com apenas dois minutos de jogo. Matheus Pereira tentou um chute na entrada da área e acabou furando. O meio-campista José Aldo, do Mirassol, que tentava bloquear a finalização, passou da bola e, ao tentar dominar, tocou com a mão dentro da área. O árbitro não marcou pênalti, e o VAR não chamou para revisão.
Além da entrevista, o treinador também usou as redes sociais para “alfinetar” o árbitro Bruno Arleu de Araújo. Jardim publicou um vídeo de um jogador de vôlei atacando a bola com a mão, sugerindo um movimento parecido com o do jogador do Mirassol no lance polêmico.

Solução para os erros
Apesar de criticar a decisão da partida desta segunda (18/8), Leonardo Jardim sugeriu uma possível solução para os problemas de arbitragem no país, defendendo a criação de um sistema de “desafio” nas competições.
“Os treinadores deviam ter duas opções por jogo, no primeiro e no segundo tempo, para pedir revisão dos lances ao árbitro. Porque, às vezes, chama-se; outras vezes, não. Neste caso, todo mundo no estádio viu. Mas quem sou eu? Não tenho cursos de arbitragem nem nada, só tenho 30 anos de futebol”, afirmou.
Jogadores também se manifestaram
Não foi só o treinador do Cruzeiro que criticou o lance. Kaio Jorge e Fabrício Bruno também se manifestaram em entrevistas. O atacante disse que achou “muito pênalti”, enquanto o zagueiro afirmou que “na dúvida, é sempre para eles (adversários)”.
Na partida anterior, contra o Santos, no dia 10/8, Cássio, goleiro da Raposa, também reclamou da arbitragem, dizendo que haviam “jogado contra 12”. O Cruzeiro, inclusive, formalizou uma reclamação à CBF por conta de um gol anulado e um pênalti não marcado naquela ocasião.