O Conselho Deliberativo do Atlético aprovou, nesta terça-feira (16/9), durante reunião na Arena MRV, em Belo Horizonte, a alteração na cláusula “anti-diluição” do contrato com a Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A mudança permite que a Associação coloque até 15% dos 25% de suas ações à venda, desde que haja oferta mínima de R$ 200 milhões.
No total, 184 conselheiros votaram pela aprovação da proposta e apenas nove se manifestaram contra. O encontro contou com a presença de Rubens Menin, um dos investidores da SAF, e de Sérgio Coelho, presidente da Associação.
Com a alteração, o Atlético ganha a possibilidade de abrir mão de uma parcela de sua participação na SAF, que antes era bloqueada pela cláusula. Mesmo assim, o clube mantém salvaguardas previstas na Lei da SAF, como o direito de veto em decisões sobre escudo, cores, fusões e mudança de sede. Além disso, continuará indicando pelo menos dois representantes para o Conselho de Administração da empresa.
Apesar do resultado expressivo da votação, houve divergência sobre o valor fixado como piso para uma possível negociação. Parte dos conselheiros defendeu que o montante mínimo fosse elevado para R$ 500 milhões. A diretoria esclareceu, no entanto, que os R$ 200 milhões não representam, necessariamente, a quantia por 15% das ações, já que o cálculo é proporcional à fatia negociada.
Em nota publicada no site momentos após a definição, o Atlético justificou que a modificação “tem o intuito de viabilizar a captação de potenciais investidores”. Atualmente, a divisão da SAF do Galo conta com seis integrantes: Rubens e Rafael Menin, com 41,8%; a Associação, com 25%; Galo Forte FIP, com 20,2%; Ricardo Guimarães, com 6,3%; e FIGA, com 6,7%.