A Polícia Federal indiciou Carlos Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem no inquérito que investiga a chamada “Abin paralela”. Além deles, mais 34 pessoas fazem parte do inquérito que investiga um “braço” clandestino dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo a PF, a estrutura era supostamente utilizada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro para monitoramento ilegal para fins políticos e pessoais.
No caso de Jair Boslonaro, a Polícia Federal apontou indícios do crime de organização criminosa e indicou a responsabilidade dele no relatório final. Segundo a PF ele sabia do esquema e se beneficiava dele. No entando, como Bolsonaro já foi indiciado por organização criminosa no caso do golpe, ele não poderia ser indiciado novamente.
Investigação da Polícia Federal aponta que o esquema teve início no governo Bolsonaro, quando Ramagem era o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Ações ilegais de espionagem teriam sido cometidas.
A investigação da Abin paralela começou em 2019. À época, informações sobre o monitoramento ilegal de pessoas com uso de um software vazaram. Segundo a PF, além do uso do programa, a gestão ainda atuou em outras operações ilegais de espionagem.