O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou, nesta terça-feira (7/10), que o Fomepizol encomendado de uma farmacêutica japonesa deve chegar ao Brasil ainda nesta semana. O medicamento é utilizado no tratamento contra a intoxicação por metanol.
De uso estritamente hospitalar, o fármaco será importado dos Estados Unidos em caráter emergencial e distribuído pelo Ministério. Segundo Padilha, tão logo a remessa de 2.600 frascos chegue ao Brasil, o antídoto começará a ser distribuído pelos estados, com prioridade para São Paulo, onde há o maior número de casos.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a importação ocorre em caráter excepcional. A autorização foi concebida com base na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 203/2017, que estabelece os critérios para compra de produtos sujeitos à vigilância sanitária que não possuem registro no país.

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Além do Fomepizol, outro medicamento pode ser utilizado no tratamento contra a intoxicação: o etanol farmacêutico. Nesta terça, o Ministério da Saúde enviou nova remessa do fármaco para quatro estados brasileiros, atingindo a marca de 1.125 frascos já distribuídos pelo Brasil. Os estados que já receberam são:
Acre: 30 ampolas
Bahia: 90 ampolas
Ceará: 120 ampolas
Distrito Federal: 90 ampolas
Goiás: 75 ampolas
Mato Grosso do Sul: 60 ampolas
Pernambuco: 240 ampolas
Paraná: 360 ampolas
Rio de Janeiro: 60 ampolas
Balanço
Até segunda-feira (6), o Brasil registrava 217 notificações de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas. Dessas, 17 foram confirmadas e 200 permanecem em investigação.
Em relação aos óbitos, dois foram confirmados no estado de São Paulo e 12 seguem em investigação, sendo um no Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco, seis em São Paulo, um na Paraíba e um no Ceará.
Em BH
Na manhã de hoje (7/10), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que há um caso suspeito de intoxicação pela substância em investigação em Belo Horizonte. Segundo a pasta, uma mulher de 48 anos foi internada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com sintomas equivalentes.
Novas informações serão divulgadas à medida que os resultados das investigações forem concluídos, garantiu a SES-MG.